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Bolsas asiáticas fecham em queda nesta quarta-feira

Recuperação da Bolsa de Xangai não foi acompanhada pelos outros pregões da região. Mercados emergentes sofreram o maior tombo, com a venda de papéis de risco

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

As bolsas de valores da Ásia encerraram esta quarta-feira (28/2) com novas quedas, apesar da recuperação dos pregões chineses. O resultado ainda reflete a forte desvalorização das bolsas chinesas, ocorrida ontem, quando a Bolsa de Xangai despencou 8,8%. O grande movimento de venda de ações se seguiu após preocupações sobre a sustentabilidade do crescimento chinês e previsões para a economia dos Estados Unidos.

O mercado chinês recuperou parte de suas perdas nesta quarta-feira, depois de ter registrado a maior queda porcentual em dez anos ontem. O Xangai Composto subiu 3,9% (aos 3.025,75 pontos) - depois da queda de 8,8% - e o Shenzhen Composto avançou 3,8%, aos 736,81 pontos (ontem, a baixa foi de 8,5%), com a decisão dos investidores de aproveitar boas oportunidades de compra, estimulados também pela perspectivas otimistas no longo prazo.

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O índice Hang Seng fechou em baixa de 2,5%, aos 19.651,51 pontos. O volume negociado acima de 80,49 bilhões de dólares de Hong Kong, quebrando o recorde de 79 bilhões de dólares de HK de 28 de agosto de 1998, quando o governo interveio no mercado. Para analistas, esse recuo era esperado, por tratar-se de uma correção.

A Bolsa de Manila registrou a maior baixa entre as asiáticas, seguindo as quedas do mercado chinês e em Wall Street ontem, além das preocupações sobre a desaceleração da economia global. O PSE Composto caiu 7,9%, aos 3.067,45 pontos, seu pior desempenho desde 17 de janeiro, quando fechou aos 3041.56.

A Bolsa de Tóquio fechou com forte queda nesta quarta-feira (28/2) e os operadores alertam que o movimento de vendas pode se aprofundar enquanto os mercados globais estiverem queimando os ganhos obtidos em recentes ralis de longa duração. O índice Nikkei 225 encerrou com baixa de 2,9%, ou 515,80 pontos, seu maior declínio em pontos desde 13 de junho de 2006. O total ficou em 17.604,12 pontos, acima da mínima do dia, que foi de 17.382,79 pontos.

No mundo

Os mercados emergentes foram os que sofreram mais com a onda de quedas, de acordo com o jornal britânico Financial Times, já que os investidores retiraram dinheiro dos papéis de risco. Na Rússia, o índice RTS operava em baixa de 2,1% durante esta quarta-feira. No Brasil, o índice Bovespa terminou o dia de ontem em baixa de 6,63%.

Nos Estados Unidos, o Industrial Average de Dow Jones recuou 3,3%, para 12.216,24 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 3,5% - a maior queda de ambos indicadores desde 11/9/2001. A maior parte da queda aconteceu no início da tarde de terça-feira, quando a New York Stock Exchange (NYSE) decidiu restringir as operações e teve problemas técnicos que atrasaram os cálculos. O índice Nasdaq caiu 3,9%, para 2.907,86 pontos.

Nesta quarta-feira, os índices europeus conseguiram recuperar parte das perdas de terça-feira (27/2) depois que os indíces futuros dos Estados Unidos apontaram para uma forte abertura de Wall Street hoje. Na metade do dia, o índice europeu FTSE Eurofirst 300 estava em baixa de 0,7%, depois de uma queda de 2,9% - a maior em quatro anos - na terça-feira. Em Londres, o índice FTSE 100 caía 0,8%, enquanto o CAC 40 de Paris descia 0,7%. O Xetra Dax, de Frankfurt estava em baixa de 0,8%.

O mercado australiano teve hoje seu maior recuo desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, seguindo as quedas registradas em mercados externos. O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney caiu 2,7%, para 5.832,5 pontos. Alguns analistas disseram que o mercado irá permanecer vulnerável no curto prazo, mas a maioria mantém as expectativas de alta até o final do ano.

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