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BM&FBovespa deve isentar pequeno investidor de taxa de custódia

Medida deve sair em dois meses, diz jornal Valor

Edemir Pinto, presidente da BM&F Bovespa: reação contra perda de investidores
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 08h17.

São Paulo – A BM&FBovespa deve isentar pequenos investidores da taxa de custódia, segundo afirmou o presidente da instituição, Edemir Pinto, ao jornal Valor. Hoje, os investidores são obrigados a arcar com uma taxa de 6,90 reais ao mês para que a bolsa "guarde" as ações compradas por cada um. Num ano, portanto, o custo chega a 82,80 reais.

Edemir Pinto não informou quem seria considerado "pequeno investidor" nem qual seria o valor máximo a ser custodiado gratuitamente pela CBLC, o braço de liquidação e custódia da BM&FBovespa. O fato é que, para quem investe valores inferiores a 5.000 reais em bolsa, por exemplo, a taxa de custódia de 82,80 reais acaba comendo boa parte do lucro obtido no mercado – isso quando há ganho.

A medida seria a reação da BM&FBovespa à perda de investidores. Nos quatro primeiros meses deste ano, 6.900 pessoas físicas deixaram a bolsa, derrubando o número de CPFs com conta em corretora para 597.000. A meta da bolsa é elevar o total de pessoas físicas que negociam ações para 5 milhões até 2015.

O custo de negociação, entretanto, é apenas uma barreira à expansão do mercado acionário. O principal problema para a bolsa são as altas taxas de juros no Brasil. Pelo Tesouro Direto, o investidor consegue comprar títulos públicos que oferecem uma remuneração garantida de quase 13% ao ano com baixíssimo risco. Já a bolsa rendeu 1% em 2010 e operou durante a maior parte deste ano em terreno negativo.

Outro concorrente para a bolsa é o impulso ao consumo existente em cada brasileiro. Nos últimos dez anos, muita gente teve a oportunidade de comprar um carro ou diversos eletrodomésticos pela primeira vez. Bancos, corretoras e gestoras de recursos têm dificuldades em convencer pessoas com esse perfil da importância de poupar um pouco de dinheiro todos os meses.

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Edemir Pinto não informou quem seria considerado "pequeno investidor" nem qual seria o valor máximo a ser custodiado gratuitamente pela CBLC, o braço de liquidação e custódia da BM&FBovespa. O fato é que, para quem investe valores inferiores a 5.000 reais em bolsa, por exemplo, a taxa de custódia de 82,80 reais acaba comendo boa parte do lucro obtido no mercado – isso quando há ganho.

A medida seria a reação da BM&FBovespa à perda de investidores. Nos quatro primeiros meses deste ano, 6.900 pessoas físicas deixaram a bolsa, derrubando o número de CPFs com conta em corretora para 597.000. A meta da bolsa é elevar o total de pessoas físicas que negociam ações para 5 milhões até 2015.

O custo de negociação, entretanto, é apenas uma barreira à expansão do mercado acionário. O principal problema para a bolsa são as altas taxas de juros no Brasil. Pelo Tesouro Direto, o investidor consegue comprar títulos públicos que oferecem uma remuneração garantida de quase 13% ao ano com baixíssimo risco. Já a bolsa rendeu 1% em 2010 e operou durante a maior parte deste ano em terreno negativo.

Outro concorrente para a bolsa é o impulso ao consumo existente em cada brasileiro. Nos últimos dez anos, muita gente teve a oportunidade de comprar um carro ou diversos eletrodomésticos pela primeira vez. Bancos, corretoras e gestoras de recursos têm dificuldades em convencer pessoas com esse perfil da importância de poupar um pouco de dinheiro todos os meses.

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