Ações de rodovias têm comportamentos opostos em dia de leilão
Enquanto as ações da OHL e da CCR recuaram até 7%, papéis da Triunfo registraram alta
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O mercado não se mostrou muito otimista com os negócios da OHL, empresa que arrematou cinco dos sete trechos de rodovias federais leiloados nesta segunda-feira (9/10) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As ações da companhia espanhola recuaram 3,25% no pregão de hoje, para 36 reais, depois de já terem caído 1,79% ontem.
A OHL, que administra estradas no interior de São Paulo, conquistou a concessão dos dois principais trechos que foram a leilão: o das rodovias Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, e Fernão Dias, principal comunicação entre Belo Horizonte e a capital paulista. Foram arrematados também os trechos Curitiba-Florianópolis, Espírito Santo-Rio de Janeiro e Curitiba-divisa do Rio Grande do Sul.
Os outros dois trechos negociados ficaram com empresas que não possuem ações na Bolsa - a também espanhola Acciona e um consórcio liderado pelo grupo Áurea, dono da companhia aérea Gol. Dentre as 28 empresas que apresentaram proposta estavam, ainda, a CCR, cujas ações despencaram 7,16% no pregão de hoje, para 36,01 reais; e a Triunfo, que teve seus papéis valorizados em 3,89%, para 8 reais.
Mas a disputa não ficou restrita a empresas do setor. A estatal de energia paranaense Copel entrou na briga pela concessão da rodovia que liga Curitiba a Florianópolis e apresentou proposta no leilão de hoje. Suas ações ordinárias encerraram o pregão em alta de 2,22%, a 29,80 reais, enquanto as preferenciais subiram 5,43%, para 31,40 reais.