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Ações da JBS-Friboi e Marfrig despencam com barreira dos EUA

Frigoríficos brasileiros estão proibidos de exportar carne bovina industrializada para o mercado americano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

As ações do JBS-Friboi e do Marfrig sofrem forte queda na Bovespa com os frigoríficos impedidos de exportar carne bovina industrializada aos Estados Unidos. Às 12h29, as ações ordinárias do JBS-Friboi caíam 5,68%, para 7,64 reais, enquanto os papéis ordinários do Marfrig tinham perda de 4,74%, para 18,10 reais. O dia, no entanto, é ruim para todo o mercado acionário, com queda do Ibovespa superior a 3%.

O Ministério da Agricultura informou na última sexta-feira que estão suspensas as emissões de certificados para a venda de carne industrializada brasileira ao mercado americano até que sejam realizadas auditorias nas plantas habilitadas a exportar. Técnicos dos EUA concluíram que há divergências entre o sistema de auditoria do governo brasileiro e as exigências do Departamento de Agricultura americano. Não há data definida para o retorno das exportações.

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O Marfrig exportou cerca de 52% de sua produção no Brasil no primeiro trimestre. As vendas de carne cozida aos EUA, entretanto, representaram só 4,2% das exportações nos seis primeiros meses deste ano. Em nota, a empresa informou que vai produzir carne industrializada em suas unidades no Uruguai e na Argentina enquanto as restrições dos EUA ao Brasil estiverem vigentes.

A companhia também iniciará a produção, em 15 de agosto, em sua nova unidade arrendada em Fray Bentos, no Uruguai, com capacidade de produção de 115 toneladas diárias de produtos enlatados, além de dez toneladas por dia de beef jerky (carne desidratada). Essa nova unidade aumentará ainda mais a produção do Marfrig no Uruguai e na Argentina e possibilitará atender à demanda adicional criada pelas restrições temporárias dos EUA.

Já o JBS-Friboi Brasil enviou menos de 3%% de suas exportações aos EUA no segundo trimestre. A empresa diz que continuará a atender seus clientes de carnes processadas por meio de suas subsidiárias na Argentina e nos Estados Unidos, país que responde por 60% de suas receitas.

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