Ações da Anhanguera Educacional despencam com oferta pública

A notícia de que os acionistas da Anhanguera Educacional, administradora de universidades privadas, pretendem realizar nova oferta pública secundária provocou reação do mercado. Até as 14h20, as ações da companhia ( AEDU11 ) já haviam acumulado queda de 5,11%, vendidas a 21,35 reais.

Os acionistas planejam vender 29 milhões de units, que representam uma ação ordinária e seis ações preferenciais da companhia. Caso haja forte demanda, um lote adicional de 4,35 milhões de ações também será colocado à venda. Segundo prospecto divulgado pela Anhanguera, a oferta será coordenada pelo Banco Itaú BBA e pela Merrill Lynch. O preço das units será fixado após a efetivação dos pedidos de reserva no período específico.

Em geral, o mercado reage mal no caso de ofertas secundárias porque o dinheiro levantado vai para o bolso dos acionistas - e não para o caixa da companhia. Para os investidores, a decisão dos sócios de vender os papéis pode ser encarado como um sinal de que a empresas está sendo avaliada pelo mercado por um valor justo - portanto, com um baixo potencial de novas valorizações.

Resultados
Nesta segunda-feira (9/11), a Anhanguera também divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2009. Segundo analistas da corretora do Banco Fator, a companhia apresentou um resultado operacional acima das expectativas do mercado, com crescimento da receita líquida (30% a mais na comparação com o terceiro trimestre de 2008).

A companhia apresentou ainda, no terceiro trimestre do ano, lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 51,2 milhões de reais, contra 39,1 milhões no trimestre anterior.

Os destaques negativos no balanço da companhia, segundo apontaram os analistas da corretora Banco Fator, foram a baixa captação de novos alunos nos campi e a ligeira queda da margem Ebitda, que chegou a 23,3% (-0,7 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2008).