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Temor na Europa se alastra e dólar sobe a R$ 1,761

Esta é a maior alta do dólar ante o real nos últimos três meses

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - A percepção de que o pacote de 110 bilhões de euros para a Grécia pode não só ser insuficiente para resolver os problemas fiscais do país como também ser impotente para evitar o contágio de outras nações de maior peso na zona do euro falou mais alto nesta terça-feira. O temor foi generalizado e ganhou a contribuição da China, cujas medidas de contenção do crescimento para debelar a inflação já afetam os preços das matérias-primas (commodities) e, por consequência, países cujas economias estão muito centradas nesse tipo de ativo, o que inclui o Brasil.

Assim, o resultado foi a queda generalizada das Bolsas, incluindo a Bolsa de Valores de São Paulo, e das commodities, assim como um fortalecimento do dólar e do iene, considerados portos seguros em momentos como esse. No mercado interbancário brasileiro de câmbio, o dólar comercial subiu 1,79% hoje e fechou as negociações cotado a R$ 1,761. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista encerrou o pregão com alta de 1,89% a R$ 1,762. Na taxa máxima do dia, o dólar atingiu R$ 1,764 hoje. O euro comercial subiu 0,26% e fechou a R$ 2,29.

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Enquanto o pacote da Grécia ainda precisa do aval dos parlamentos de todos os países do bloco europeu e reina certo ceticismo de que a nação consiga cumprir as metas fiscais que prometeu para fazer jus aos recursos, hoje o temor maior é do contágio, e o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, precisou vir a público negar que o país tenha pedido também um pacote de socorro. "É uma completa loucura qualquer especulação de que a Espanha vá precisar de ajuda em breve", disse Zapatero em entrevista à imprensa.

Nos Estados Unidos, por outro lado, os indicadores continuam a mostrar sinais de recuperação da economia, o que pode sinalizar que o país eleve sua taxa de juros antes das nações europeias. As vendas pendentes de imóveis aumentaram 5,3% em março em comparação a fevereiro, superando as projeções dos analistas que era de 4%. Outro dado relevante e também positivo foi o do volume de encomendas à indústria americana ter avançado 1,3% em março frente a fevereiro, superando em muito as projeções que previam queda de 0,2%.

Internamente, no cenário de alta da moeda americana, o Banco Central optou por realizar só um leilão de compra, depois de intervir duas vezes ao dia nas últimas três sessões. No leilão de hoje, por volta do meio-dia, a taxa de corte das propostas foi fixada em R$ 1,7568.

No segmento de câmbio turismo, o dólar valorizou 1,25% para R$ 1,87 na ponta de venda e R$ 1,74 na compra. O euro turismo caiu 0,12% para R$ 2,44 (venda) e R$ 2,283 (compra).

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