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Temor com a China pressiona Wall Street

As incertezas sobre o estado de saúde da zona do euro pressionam os mercados acionários dos Estados Unidos nesta sexta-feira

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 10h53.

Nova York - O temor de um pouso forçado na China e as incertezas sobre o estado de saúde da zona do euro pressionam os mercados acionários dos Estados Unidos nesta sexta-feira que, apesar de abrirem em alta, não sustentaram a direção nos primeiros momentos de negociação. Às 10h41, Dow Jones e Nasdaq caiam 0,17% e 0,15%, respectivamente.

O economista-chefe da consultoria Rockwell Global Partners, Peter Cardillo, acredita, no entanto, que a tendência das bolsas segue sendo de alta, com base na melhora da atividade econômica americana e apesar da desaceleração chinesa. Para ele, os temores do mercado em relação à China são exagerados. "Cremos que a China não terá um pouso forçado e vemos o país mudando para uma economia mais voltada ao consumo interno do que a exportações. Já a Europa deverá enfrentar uma recessão gerenciável", comentou à Agência Estado.

O que pode ajudar um pouco no humor do investidor hoje são os dados de vendas de moradias novas em fevereiro. A expectativa é de que o indicador mostre aumento de 1,2%, para 325 mil na taxa anualizada. Em janeiro houve queda de 0,9% nas vendas de moradias novas, para 321 mil. Outros números que saíram esta semana mostram que o mercado imobiliário não tem acompanhado o ritmo da melhora de outros indicadores.

As construções de moradias iniciadas nos EUA em fevereiro caíram 1,1% em comparação com janeiro, contrariando previsão de alta de 1,3%. A confiança das construtoras de moradias ficou estável em março, após cinco meses seguidos de ganhos e as vendas de imóveis residenciais caíram 0,9% em fevereiro. Economistas do Barclays disseram ontem em Nova York que o mercado imobiliário deve seguir como limitador da retomada da economia americana.

O presidente do Federal Reserve de St.Louis, James Bullard, que não é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), disse hoje, em Hong Kong, que a economia americana não precisa de mais de estímulos. "A política super relaxada tem sido apropriada até agora, mas não será sempre apropriada."

Ainda na agenda do dia, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, faz discurso, às 14h45, em Washington, sobre os banco centrais antes e depois da crise. Também hoje se encerra o prazo para indicação dos nomes para a presidência no Banco Mundial, no lugar de Robert Zoellick. Um dos nomes cogitados seria o do economista colombiano José Antônio Ocampo. Até hoje, no entanto, o cargo só foi ocupado por americanos, enquanto a cadeira principal no Fundo Monetário Internacional (FMI) sempre foi ocupada por europeus. Mas cresce a cada dia a pressão dos emergentes para que essa tradição seja quebrada e a escolha seja feita com base no mérito.

Nova York - O temor de um pouso forçado na China e as incertezas sobre o estado de saúde da zona do euro pressionam os mercados acionários dos Estados Unidos nesta sexta-feira que, apesar de abrirem em alta, não sustentaram a direção nos primeiros momentos de negociação. Às 10h41, Dow Jones e Nasdaq caiam 0,17% e 0,15%, respectivamente.

O economista-chefe da consultoria Rockwell Global Partners, Peter Cardillo, acredita, no entanto, que a tendência das bolsas segue sendo de alta, com base na melhora da atividade econômica americana e apesar da desaceleração chinesa. Para ele, os temores do mercado em relação à China são exagerados. "Cremos que a China não terá um pouso forçado e vemos o país mudando para uma economia mais voltada ao consumo interno do que a exportações. Já a Europa deverá enfrentar uma recessão gerenciável", comentou à Agência Estado.

O que pode ajudar um pouco no humor do investidor hoje são os dados de vendas de moradias novas em fevereiro. A expectativa é de que o indicador mostre aumento de 1,2%, para 325 mil na taxa anualizada. Em janeiro houve queda de 0,9% nas vendas de moradias novas, para 321 mil. Outros números que saíram esta semana mostram que o mercado imobiliário não tem acompanhado o ritmo da melhora de outros indicadores.

As construções de moradias iniciadas nos EUA em fevereiro caíram 1,1% em comparação com janeiro, contrariando previsão de alta de 1,3%. A confiança das construtoras de moradias ficou estável em março, após cinco meses seguidos de ganhos e as vendas de imóveis residenciais caíram 0,9% em fevereiro. Economistas do Barclays disseram ontem em Nova York que o mercado imobiliário deve seguir como limitador da retomada da economia americana.

O presidente do Federal Reserve de St.Louis, James Bullard, que não é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), disse hoje, em Hong Kong, que a economia americana não precisa de mais de estímulos. "A política super relaxada tem sido apropriada até agora, mas não será sempre apropriada."

Ainda na agenda do dia, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, faz discurso, às 14h45, em Washington, sobre os banco centrais antes e depois da crise. Também hoje se encerra o prazo para indicação dos nomes para a presidência no Banco Mundial, no lugar de Robert Zoellick. Um dos nomes cogitados seria o do economista colombiano José Antônio Ocampo. Até hoje, no entanto, o cargo só foi ocupado por americanos, enquanto a cadeira principal no Fundo Monetário Internacional (FMI) sempre foi ocupada por europeus. Mas cresce a cada dia a pressão dos emergentes para que essa tradição seja quebrada e a escolha seja feita com base no mérito.

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