Taxas futuras caem com sinais de fragilidade econômica
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (40.000 contratos) tinha taxa de 10,790%
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2014 às 17h15.
São Paulo - Os juros futuros terminaram em queda nesta terça-feira, 23, em meio a novos sinais de fragilidade da atividade econômica brasileira.
O movimento também acompanhou a retração nos yields dos Treasuries e ocorre após bancos centrais de países emergentes anunciarem medidas de afrouxamento hoje.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (40.000 contratos) tinha taxa de 10,790%, exatamente no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2015 (76.505 contratos) marcava 10,77%, de 10,78% na véspera.
O DI para janeiro de 2017 (198.060 contratos) indicava 11,45%, de 11,50%. E o DI para janeiro de 2021 (34.875 contratos) projetava 11,88%, de 11,93% antes.
Nos EUA, por volta das 16h30, a taxa da T-note de 10 anos caía a 2,586%, de 2,625% no fim da tarde de ontem.
Os títulos do Tesouro dos EUA foram demandados em função das crescentes tensões no Iraque.
Aviões de combate sírios atacaram a província iraquiana de Anbar nesta terça-feira, matando pelo menos 50 pessoas, enquanto aliados externos do governo xiita e Bagdá tentam fortalecer as Forças Armadas iraquianas e conter o avanço dos militantes sunitas.
Além disso, outros países emergentes, como Turquia e Hungria, reduziram suas taxas básicas de juros hoje, o que sugere que o Brasil não deve apertar sua política monetária tão brevemente.
Enquanto isso, no noticiário local dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostraram que o saldo líquido de empregos formais gerados em maio foi de 58.836 vagas, o pior para os meses de maio desde 1992 e bem abaixo da mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 94.500 postos.
Já o Banco Central informou que o país teve um déficit de US$ 6,635 bilhões em maio, o maior para meses de maio da série história, iniciada em 1947.
O rombo no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, de US$ 40,074 bilhões, também é recorde.