Setubal: medidas sobre câmbio devem surtir efeito mais à frente
SÃO PAULO, 21 de outubro (Reuters) - O presidente do Itaú Unibanco , Roberto Setubal, acredita que as medidas adotadas recentemente pelo governo brasileiro para conter a valorização do real foram "importantes" e vão surtir efeito, embora não a curto prazo. "Acho que o Brasil está tendo um volume de fluxo de capitais maior do […]
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2010 às 16h25.
SÃO PAULO, 21 de outubro (Reuters) - O presidente do Itaú
Unibanco , Roberto Setubal, acredita que as medidas
adotadas recentemente pelo governo brasileiro para conter a
valorização do real foram "importantes" e vão surtir efeito,
embora não a curto prazo.
"Acho que o Brasil está tendo um volume de fluxo de
capitais maior do que aquele que a gente tem condições de lidar
neste momento", disse à Reuters nesta quinta-feira, após um
evento sobre perspectivas para o Brasil.
Ele classificou a enxurrada de dólares vinda de países
desenvolvidos como "um bom problema".
"As medidas do governo vão ter um efeito importante mas não
no curto prazo, porque essas coisas levam tempo para
funcionar", disse sobre o aumento do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) para o capital externo.
No longo prazo, entretanto, Setúbal destacou que o caminho
do governo deveria incluir também uma política fiscal "mais
forte", aumentando um pouco o superávit primário para manter o
câmbio estável, reduzir juros e fazer os investimentos
necessários em infraestrutura.
(Por Adriana Garcia; Edição de Daniela Machado)
SÃO PAULO, 21 de outubro (Reuters) - O presidente do Itaú
Unibanco , Roberto Setubal, acredita que as medidas
adotadas recentemente pelo governo brasileiro para conter a
valorização do real foram "importantes" e vão surtir efeito,
embora não a curto prazo.
"Acho que o Brasil está tendo um volume de fluxo de
capitais maior do que aquele que a gente tem condições de lidar
neste momento", disse à Reuters nesta quinta-feira, após um
evento sobre perspectivas para o Brasil.
Ele classificou a enxurrada de dólares vinda de países
desenvolvidos como "um bom problema".
"As medidas do governo vão ter um efeito importante mas não
no curto prazo, porque essas coisas levam tempo para
funcionar", disse sobre o aumento do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) para o capital externo.
No longo prazo, entretanto, Setúbal destacou que o caminho
do governo deveria incluir também uma política fiscal "mais
forte", aumentando um pouco o superávit primário para manter o
câmbio estável, reduzir juros e fazer os investimentos
necessários em infraestrutura.
(Por Adriana Garcia; Edição de Daniela Machado)