Quebra de convenants pode rebaixar Petrobras, reforça Fitch
Ao não apresentar balanço, a empresa descumpre cláusulas restritivas (covenants) assumidas em alguns empréstimos de longo prazo
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 17h39.
Rio - A agência de classificação de risco Fitch Corporate Ratings reafirmou nesta quarta-feira, 11, em teleconferência, que a Petrobras corre o risco de ser rebaixada em mais de uma nota caso não consiga divulgar seus resultados financeiros dentro do prazo estabelecido.
Isso porque, ao não apresentar balanço, a empresa descumpre cláusulas restritivas (covenants) assumidas em alguns empréstimos de longo prazo, provocando, consequentemente, uma aceleração na cobrança de seus títulos da dívida pelos credores.
"Nossas diretrizes são esperar até que a companhia divulgue seus resultados financeiros", afirmou o diretor-sênior da Fitch, Lucas Aristizabal.
Segundo ele, a agência seguirá acompanhando os passos seguintes da estatal, a fim de verificar se, após a divulgação, o risco da aceleração na cobrança da dívida foi debelado.
"Se eles (a Petrobras) não forem claros e o risco de aceleração prematura for muito alto, o rebaixamento poderia ser em mais de uma nota", disse o executivo, repetindo o alerta feito no relatório em que a agência rebaixou a classificação da estatal.
Para a Fitch, o tamanho do impairment (baixa contábil) não é tão relevante, mas sim a capacidade de gerar caixa.
Um dos pontos importantes neste momento, segundo a agência, é a definição da metodologia que será usada para promover a baixa contábil em função das denúncias de corrupção da operação Lava Jato.
Somente após essa definição, a empresa poderá divulgar o balanço auditado de 2014.
No último dia 3, a Fitch rebaixou os IDRs (Issuer Default Ratings - Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) em moedas estrangeira e local da Petrobras e os ratings da dívida em circulação da empresa para BBB-, de BBB.
Ao mesmo tempo, colocou o Rating Nacional de Longo Prazo e todos os ratings internacionais da companhia em observação negativa.
Estas ações afetaram cerca de US$ 50 bilhões de emissão de dívida, incluindo as emitidas pela Petrobras International Finance Company e pela Petrobras Global Finance, que a empresa garante incondicional e irrevogavelmente.
Rio - A agência de classificação de risco Fitch Corporate Ratings reafirmou nesta quarta-feira, 11, em teleconferência, que a Petrobras corre o risco de ser rebaixada em mais de uma nota caso não consiga divulgar seus resultados financeiros dentro do prazo estabelecido.
Isso porque, ao não apresentar balanço, a empresa descumpre cláusulas restritivas (covenants) assumidas em alguns empréstimos de longo prazo, provocando, consequentemente, uma aceleração na cobrança de seus títulos da dívida pelos credores.
"Nossas diretrizes são esperar até que a companhia divulgue seus resultados financeiros", afirmou o diretor-sênior da Fitch, Lucas Aristizabal.
Segundo ele, a agência seguirá acompanhando os passos seguintes da estatal, a fim de verificar se, após a divulgação, o risco da aceleração na cobrança da dívida foi debelado.
"Se eles (a Petrobras) não forem claros e o risco de aceleração prematura for muito alto, o rebaixamento poderia ser em mais de uma nota", disse o executivo, repetindo o alerta feito no relatório em que a agência rebaixou a classificação da estatal.
Para a Fitch, o tamanho do impairment (baixa contábil) não é tão relevante, mas sim a capacidade de gerar caixa.
Um dos pontos importantes neste momento, segundo a agência, é a definição da metodologia que será usada para promover a baixa contábil em função das denúncias de corrupção da operação Lava Jato.
Somente após essa definição, a empresa poderá divulgar o balanço auditado de 2014.
No último dia 3, a Fitch rebaixou os IDRs (Issuer Default Ratings - Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) em moedas estrangeira e local da Petrobras e os ratings da dívida em circulação da empresa para BBB-, de BBB.
Ao mesmo tempo, colocou o Rating Nacional de Longo Prazo e todos os ratings internacionais da companhia em observação negativa.
Estas ações afetaram cerca de US$ 50 bilhões de emissão de dívida, incluindo as emitidas pela Petrobras International Finance Company e pela Petrobras Global Finance, que a empresa garante incondicional e irrevogavelmente.