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Petróleo fecha em alta de 2,13% a US$ 86,49 o barril

Por Álvaro Campos Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de comprar US$ 600 bilhões em dívidas do governo dos EUA nos próximos oito meses, para impulsionar a economia. Os contratos de petróleo com entrega para dezembro negociados na Bolsa […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 17h21.

Por Álvaro Campos

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de comprar US$ 600 bilhões em dívidas do governo dos EUA nos próximos oito meses, para impulsionar a economia.

Os contratos de petróleo com entrega para dezembro negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) fecharam com alta de US$ 1,80 (2,13%), a US$ 86,49 o barril, após atingir a máxima intraday de US$ 86,68, o maior nível em seis semanas. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent com entrega para dezembro subiu 1,62 (1,88%), fechando a US$ 88,00 o barril.

O dólar tem caído solidamente desde o fim de agosto, quando o Fed elevou pela primeira vez a projeção de uma segunda rodada de medidas de afrouxamento quantitativo. Hoje, a moeda norte-americana atingiu o menor valor em 10 meses ante o euro. O programa do Fed enfraquece o dólar porque o banco central precisa imprimir mais dinheiro para comprar Treasuries (títulos do Tesouro americano) de bancos, elevando assim a oferta de dinheiro.

"O dólar está sendo influenciado por dois fatores. Um deles é o mercado de ações e o outro é o dólar. Hoje, esses dois fatores elevaram os preços do petróleo", comentou Walter Zimmerman, chefe de análise técnica da United-ICAP. Ontem, a reação do petróleo logo após o anúncio do Fed foi branda. Foi só na madrugada, quando o dólar começou a cair, que os preços do petróleo subiram significativamente. Até agora, a commodity já ganhou mais de 6% esta semana.

Enquanto isso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) disse hoje que está mais otimista sobre o ritmo da recuperação global, elevando a previsão mundial de consumo de petróleo em 800 mil barris por dia para 2014, a 89,9 milhões de barris por dia. O grupo, responsável por quase um terço da produção mundial de petróleo, também disse que a recuperação deve continuar mesmo se o petróleo subir para o nível de US$ 90 o barril.

Os operadores de petróleo também vão procurar por pistas sobre a situação da economia dos EUA nos dados que o Departamento de Trabalho divulga amanhã sobre o nível de emprego no país em outubro (payroll). Economistas preveem que o desemprego fique em 9,6% pelo terceiro mês seguido. Hoje, o departamento divulgou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada no dia 30 subiu 20 mil, para 457 mil. O número da semana anterior foi revisado em alta, para 437 mil.

"Pode haver uma forte queda nos preços do petróleo no curto prazo, com alguns dos dados que levaram o Fed a adotar o novo programa de compra de bônus se tornando mais claros para os participantes do mercado, tornando o cenário geral menos promissor", disse Jason Schenker, economista chefe da Prestige Economics.

Os derivados de petróleo também tiveram um bom desempenho hoje. Os contratos de óleo para aquecimento com entrega para dezembro subiram US$ 0,0483, fechando a US$ 2,3762 o galão, o maior nível em dois anos. O contrato de gasolina reformulada (RBOB) para dezembro ganhou US$ 0,0415, a US$ 2,1795 o galão. As informações são da Dow Jones.

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