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PANORAMA3-Bateria de dados nos EUA, Europa e China anima bolsas

Por José de Castro SÃO PAULO, 1o de dezembro (Reuters) - Dados macroeconômicos melhores que o esperado nos Estados Unidos, Europa e China patrocinaram um início de mês positivo para os mercados financeiros globais nesta quarta-feira, em meio à redução de temores envolvendo a crise na Europa. As praças já iniciaram o dia animadas após […]

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 17h44.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 1o de dezembro (Reuters) - Dados macroeconômicos
melhores que o esperado nos Estados Unidos, Europa e China
patrocinaram um início de mês positivo para os mercados
financeiros globais nesta quarta-feira, em meio à redução de
temores envolvendo a crise na Europa.

As praças já iniciaram o dia animadas após a China informar
que seu índice oficial de gerentes de compras (PMI, na sigla em
inglês) saltou em novembro à máxima em sete meses. O mesmo
indicador, desta vez medido pelo HSBC, seguiu o script,
mostrando que o setor manufatureiro do país alcançou o pico em
oito meses no mês passado.

O segmento industrial na Europa também demonstrou vigor. O
índice Markit marcou em novembro a maior expansão em quatro
meses, puxado pelo bom desempenho de Alemanha e França.

A bateria de números positivos se estendeu aos EUA, onde o
emprego privado registrou no mês passado o maior crescimento em
quase três anos. A produção industrial do país, embora tenha
desacelerado, continuou avançando no período, enquanto os
gastos com construção e a produtividade fora do setor agrícola
subiram mais que o esperado no último mês [ID:nN01146512].

Ainda, o Federal Reserve informou por meio do Livro Bege
que a economia norte-americana continuou se recuperando nas
últimas semanas, embora o ritmo da retomada ainda se mostre
lento [ID:nN01164729].

Amparadas pela avaliação de que tais informações sugerem
continuidade na melhora econômica, as ações globais
subiam mais de 2 por cento no final da tarde,
enquanto os futuros do petróleo negociados em Nova York
saltaram mais de 3 por cento.

Na contramão, o índice de volatilidade da CBOE
despencava quase 10 por cento, enqaunto o dólar se afastava da
máxima em mais de dois meses atingida na véspera contra uma
cesta de moedas .

A desvalorização da divisa norte-americana estava calcada
nos ganhos do euro, cuja recuperação também tinha suporte em
expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) possa
prorrogar, em sua reunião de política monetária na
quinta-feira, medidas de apoio aos mercados adotadas durante a
crise financeira.

No Brasil, o maior apetite por risco levou o dólar ao piso
em mais de três semanas frente ao real, ao passo que a Bovespa
voltou a superar os 69 mil pontos.

As projeções mais curtas de juros seguiram em alta, com
investidores precificando uma iminente alta da Selic já neste
mês. Tal avaliação foi endossada pela alta de 1 por cento no
Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de novembro,
medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que alcançou o maior
nível desde fevereiro [ID:nN01111209].

Além do IPC-S, a pauta doméstica contou ainda com dados
divulgados pelo governo mostrando que a balança comercial
brasileira teve o segundo pior saldo do ano em novembro, mês em
que as vendas de veículos subiram 8,4 por cento ante outubro,
segundo a Fenabrave [ID:nN01111068] [ID:nN01160005].

Também o fluxo cambial está positivo em 1,216 bilhão de
dólares em novembro até dia 26, segundo números do Banco
Central [ID:nN01131657].

Veja a variação dos principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

Veja também

O dólar terminou a 1,707 real, em queda de 0,41 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 2,42 por cento, para 69.345 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,53 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 2,45 por
cento, a 35.040 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,11 por cento ao ano, ante
11,99 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3141 dólar, ante
1,2977 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava a 136,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,606 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 19 pontos, para 179 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 24 pontos, a 254 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
ganhava 2,37 por cento, a 11.266 pontos; o S&P 500 tinha
alta de 2,21 por cento, a 1.206 pontos, e o Nasdaq
subia 2,14 por cento, a 2.551 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
registrou acréscimo de 2,64 dólar, ou 3,14 por cento, a 86,75
dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha queda, oferecendo rendimento de
2,9754 por cento ante 2,797 por cento no fechamento anterior.

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