PANORAMA1-Mercados refletem cautela antes de de emprego dos EUA

SÃO PAULO, 8 de outubro (Reuters) - Investidores adotavam
certa cautela nas principais praças financeiras globais nesta
sexta-feira antes do relatório do mercado de trabalho dos
Estados Unidos, que será crucial para determinar se mais
medidas de estímulo --impressão de dinheiro para mais compras
de ativos-- serão necessárias para a economia norte-americana.

A expectativa é de estabilidade para a folha de pagamento
não-agrícola dos EUA no mês passado, com a taxa de desemprego
subindo ligeiramente de 9,6 para 9,7 por cento. Para o setor
privado, a projeção é de criação de 75 mil vagas ante 67 mil
empregos abertos em agosto.

A divisa norte-americana chegou a mostrar fraqueza mais
cedo, mas avançava 0,26 por cento ante uma cesta com as
principais moedas globais pela manhã. Também
recuperava-se ante o iene, negociada em alta de 0,15 por cento,
a 82,43 ienes. O euro depreciava-se 0,27 por cento, a 1,3883
dólar.

Em relação ao movimento das moedas, as reuniões do FMI e do
Banco Mundial deste fim de semana e o encontro do G7 nesta
sexta-feira também tendem a ser monitorados, uma vez que devem
tratar das crescentes tensões mundiais sobre políticas
cambiais.

O Japão mantém o discurso de que continuará intervindo para
conter a alta do iene se for necessário e a Tailândia também
disse que está pronta para agir [ID:nN08195497]. A China, que
tem ignorado pedidos do mundo ocidental para deixar sua moeda
subir, permitiu que o iuan subisse nesta sexta-feira para o
maior patamar ante o dólar desde a revalorização em julho de
2005 [ID:nN08197709].

No mercado acionário, o índice MSCI para ações globais
recuava 0,52 por cento e o para ações
emergentes perdia 0,72 por cento.

Em Wall Street, os futuros acionários também sinalizavam
alguma reserva por parte dos agentes, com o contrato do S&P 500
em queda de 4,9 pontos. Na Europa, o FTSEurofirst 300
declinava 0,64 por cento. O Nikkei encerrou o
dia em Tóquio com decréscimo de 0,99 por cento.

O índice da bolsa de Xangai destoava do movimento,
tendo fechado a sessão com alta de 3,13 por cento, no maior
nível desde maio, com as operações locais ajustando-se ao rali
recente no mercado após uma semana fechado por feriado
nacional.

Entre as commodities, o petróleo perdia 1,36 por cento, a
80,56 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

Na pauta doméstica, a Fundação Getúlio Vargas informou alta
de 1,10 por cento do Índice Geral de Preços-Disponibilidade
Interna (IGP-DI) de setembro. Pesquisa da Reuters apontava
aumento de 1,15 por cento, segundo mediana de 18 estimativas
que oscilaram de 1,02 a 1,28 por cento. Em agosto, houve avanço
de também 1,10 por cento.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN08189808]

Veja como terminaram os principais mercados na
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,686 real, em alta de 0,24 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 0,88 por cento, a 69.918 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 11 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 1,06 por
cento, a 35.456 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,39 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,44 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3921 dólar, ante
1,3936 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
recuava para 139,563 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,240 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 2 pontos, a 201 pontos-básicos. O EMBI+
cedia 5 pontos, a 271 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O Dow Jones recuou 0,17 por cento, para 10.948
pontos. O S&P 500 perdeu 0,16 por cento, para 1.158
pontos. Mas o Nasdaq subiu 0,13 por cento, para 2.383
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
caiu 1,56 dólar, ou 1,87 por cento, a 81,67 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,3851
por cento ante 2,392 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)