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PANORAMA1- Leilão de dívida em Portugal domina atenção;euro sobe

SÃO PAULO, 12 de janeiro (Reuters) - O leilão de títulos da dívida de Portugal previsto para esta manhã deve dar o tom nos mercados financeiros nesta quarta-feira, uma vez que ajudará a sinalizar se, e quando, o país precisará de um resgate. Lisboa tem dito que não necessita de ajuda, mas o mercado não […]

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 06h53.

SÃO PAULO, 12 de janeiro (Reuters) - O leilão de títulos da
dívida de Portugal previsto para esta manhã deve dar o tom nos
mercados financeiros nesta quarta-feira, uma vez que ajudará a
sinalizar se, e quando, o país precisará de um resgate. Lisboa
tem dito que não necessita de ajuda, mas o mercado não está
convencido. A oferta contempla de 750 milhões a 1,25 bilhão de
euros em papéis com vencimento em outubro de 2014 e junho 2020.
E a previsão é de que paguem rendimentos elevados.

Relatório Global Risks 2011 do Fórum Econômico Mundial
alertou que o risco de as lamentáveis finanças públicas gerarem
inadimplência de dívida soberana continua a ser uma das maiores
ameaças que pesam sobre o mundo em 2011. Além disso, citou que
os níveis punitivos da dívida pública formada na esteira da
crise financeira reduziram para patamares perigosamente baixos
a capacidade de os países lidarem com novos choques.

A pressão no euro, contudo, era amenizada pela perspectiva
de os ministros das Finanças da região discutirem na próxima
semana a opção de elevar a capacidade de empréstimos do fundo
de resgate da área. Fontes afirmaram que os ministros vão
debater o aumento da capacidade de crédito do Instrumento
Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) para seu valor
nominal total de 440 bilhões de euros, dos cerca de 250 bilhões
de euros no momento.

Desse modo, o euro apresentava valorização de 0,49 por
cento, a 1,3039 dólar, às 7h45. Tal movimento influenciava o
índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta de moedas
internacionais, cedia 0,43 por cento. Em relação à divisa
japonesa, o dólar declinava 0,23 por cento, a 83,06 ienes.

Nas praças acionárias, a sessão era de ganhos dos
principais índices globais. O MSCI para ações globais avançava
0,75 por cento e O para ações emergentes aumentava 1,31 por
cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão
registrava acréscimo de 1,17 por cento.

Na Europa, com a ajuda de ações de bancos, o FTSEurofirst
300 subia 1,07 por cento. Nos Estados Unidos, o contrato futuro
do S&P 500 apreciava-se 8,4 pontos. A expectativa positiva
sobre a temporada de balanços tem ajudado nos negócios.

Os pregões na Ásia também mostraram viés positivo no
fechamento, embora o Nikkei tenha encerrado ao redor da
estabilidade --com variação positiva de apenas 0,02 por cento.
O índice da bolsa de Xangai terminado com alta de 0,62 por
cento.

Entre as commodities, o petróleo valorizava-se 0,43 dólar,
a 91,54 dólares o barril, nas operações eletrônicas de Nova
York.

Na agenda do dia, ainda merece atenção o relatório de
demanda e oferta do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA,
na sigla em inglês), previsto para as 11h30, que pode elevar o
tom do alarme sobre a ameaça de inflação ligada aos alimentos,
dependendo do cenário que indicar sobre os estoques globais. A
pauta norte-americana ainda inclui o Livro Bege, dados do
Orçamento federal e de preços de importados.

No Brasil, a quarta-feira destaca o desempenho das vendas
no varejo brasileiro em novembro às 9h. Projeções apuradas pela
Reuters apontam para aumento de 0,55 por cento das vendas ante
o mês anterior e de 9,50 por cento em relação a novembro de
2009. Também pode fazer preço o índice de atividade econômica
(IBC-Br) do Banco Central referente a novembro, agendado para
as 12h30.

Veja a variação dos principais mercados na terça-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,687 real, com oscilação negativa de
0,06 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,42 por cento, para 70.423 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,43 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1,56 por
cento, a 36.944 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,23 por cento ao ano no call
das 16h, ante 12,28 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2975 dólar, ante
1,2941 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
subia a 136,000 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,625 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 5 pontos, para 168 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 10 pontos, a 235 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
ganhava 0,23 por cento, a 11.644 pontos; o S&P 500 tinha
alta de 0,27 por cento, a 1.273 pontos, e o Nasdaq
apurava valorização de 0,27 por cento, a 2.715 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
avançou 1,86 dólar, ou 2,08 por cento, a 91,11 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,3434
por cento ante 3,287 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)

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