Otimismo com a Petrobras: depois de JPMorgan, Goldman Sachs recomenda compra da ação
Banco destacou a política de dividendos e a de preços, além da alocação de investimentos
Repórter Exame IN
Publicado em 20 de junho de 2023 às 19h46.
A Petrobras (PETR3/PETR4) entrou no radar de revisões de tese dos bancos de investimento. Depois do JPMorgan, foi a vez do Goldman Sachs elevar a recomendação da petroleira estatal de neutra para compra.O preço-alvo da ação ordinária (PETR3) é de R$ 45,10, um potencial de valorização de 31,4%. A variação é similar ao 'upside' projetado (34%) considerando o preço-alvo da ação preferencial (PETR4), de R$ 41,00.O banco, porém, manteve a preferência pela Prio (PRIO3).
De acordo com o banco, há algumas razões para o otimismo. Uma delas é a avaliação atraente em cerca de 15% de rendimento do fluxo de caixa livre entre 2024 e 2025, o que é um dígito alto para as principais empresas globais com condições semelhantes, observa o banco. Outra razão são os riscos diminuídos após alguns esclarecimentos sobre as políticas a serem adotadas pelo novo governo sobre dividendos, preços de combustíveis e alocação de capital.
Dividendos
A equipe do Goldman Sachs reitera que espera-se que a nova política de dividendos seja anunciada até o final de julho, mas enquanto isso a administração já mencionou que acredita que o pagamento de 25% sobre os lucros é muito baixo e também mencionou recompras como uma opção.
Sobre a nova política de preços, os analistas afirmam que as indicações são de que a Petrobras ainda segue as tendências de preços internacionais. "Mesmo que com atraso e/ou um pequeno desconto em relação aos preços internacionais", escrevem.
Já o investimento das iniciativas de baixo carbono está orientado a passar de 6% do total para até 15%, limitando assim o valor a ser divulgado em novembro junto com o novo plano estratégico.