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Odebrecht vê mercado pessimista demais sobre Brasil

Presidente da Odebrecht afirmou que a economia do Brasil passa por desafios

Marcelo Odebrecht: segundo o executivo, um dos problemas que tem atravancado grandes projetos de infraestrutura do Brasil é uma "cultura de desconfiança"  (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 12h44.

São Paulo - O mercado financeiro está excessivamente pessimista sobre a economia brasileira, afirmou nesta terça-feira o presidente do grupo Odebrecht , Marcelo Odebrecht.

Durante evento que reúne presidentes das maiores siderúrgicas do mundo em São Paulo, o presidente da Odebrecht afirmou que a economia do Brasil passa por desafios, mas que "não vejo risco em investir no Brasil. A frustração é não crescer tudo o que o potencial do país permitiria".

"Não acho que tem motivo para todo esse pessimismo (...) não existe desconfiança do empresariado ante o governo", disse o executivo em painel que abordou temas como desafios à competitividade do Brasil.

Segundo o executivo, um dos problemas que tem atravancado grandes projetos de infraestrutura do Brasil é uma "cultura de desconfiança" que media os negócios da iniciativa privada e instâncias do governo.

Ele afirmou que órgãos com papel fiscalizador estão agindo como entes deliberativos, atrasando a aprovação de projetos de investimentos.

"Hoje no Brasil não se consegue fazer nada sem antes ter que se aprovar algo com um órgão que tem como função fiscalizar. Isso está engessando o Brasil (...) muitas vezes o funcionário (público) tem que tomar uma decisão que os proteja e não a que seria a melhor para o projeto", disse o executivo.

O comentário recebeu apoio da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster: "Órgãos públicos têm que ter a capacidade de compreender que uma empresa tem como grande objetivo dar satisfação diária a seus acionistas minoritários, não só ao controlador." Ela defendeu o papel das empresas de planejamento estratégico do país, citando o caso da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

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"Não acho que tem motivo para todo esse pessimismo (...) não existe desconfiança do empresariado ante o governo", disse o executivo em painel que abordou temas como desafios à competitividade do Brasil.

Segundo o executivo, um dos problemas que tem atravancado grandes projetos de infraestrutura do Brasil é uma "cultura de desconfiança" que media os negócios da iniciativa privada e instâncias do governo.

Ele afirmou que órgãos com papel fiscalizador estão agindo como entes deliberativos, atrasando a aprovação de projetos de investimentos.

"Hoje no Brasil não se consegue fazer nada sem antes ter que se aprovar algo com um órgão que tem como função fiscalizar. Isso está engessando o Brasil (...) muitas vezes o funcionário (público) tem que tomar uma decisão que os proteja e não a que seria a melhor para o projeto", disse o executivo.

O comentário recebeu apoio da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster: "Órgãos públicos têm que ter a capacidade de compreender que uma empresa tem como grande objetivo dar satisfação diária a seus acionistas minoritários, não só ao controlador." Ela defendeu o papel das empresas de planejamento estratégico do país, citando o caso da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

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