O que você precisa saber sobre agenda desta quarta-feira
Entre as empresas que divulgam seus resultados estão PDG, BTG Pactual, AES Tietê e Telefônica
Karla Mamona
Publicado em 4 de novembro de 2015 às 04h48.
São Paulo - A agenda desta quarta-feira traz a produção industrial brasileira de setembro será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
O Banco Central divulga o Índice de Commodities Brasil (IC-Br).
Entre as empresas que divulgam seus resultados estão PDG, BTG Pactual, AES Tietê e Telefônica.
Na Europa, são divulgados o PMI de serviços e composto da França, Alemanha, Reino Unido e da zona do euro será divulgado pelo Markit. Ainda na região são apresentados dos dados do índice de preços ao produtor do país (PPI, na sigla em inglês) de outubro.
São Paulo - As empresas têm agitado o mercado com a divulgação de seus resultados trimestrais. Enquanto algumas balanços ainda são aguardados, como o da Petrobras , que será divulgado no próximo dia 12, outros grandes, como o da Vale , já foram conhecidos. A corretora Coinvalores analisou os resultados já divulgados pelas empresas. A seguir estão as análises da corretora para as empresas em que a compra dos papéis é recomendada.
A mineradora Vale registrou prejuízo líquido de 6,663 bilhões de reais no terceiro trimestre, principalmente devido ao efeito contábil da forte desvalorização do real ante o dólar em sua dívida e em meio aos baixos preços do minério de ferro. Para a Coinvalores o grande destaque dos resultados foi “a melhora na rubrica de custos e despesas, sendo que no total houve retratação de 22,5% em relação ao mesmo período de 2014." “Além disso, a entrada em operação do S11D e a redução na necessidade de CAPEX a partir de 2016 deve continuar se traduzindo em interessantes números”, ressalta relatório da Coinvalores.
A CCR teve queda de 28,6% no lucro líquido do terceiro trimestre na comparação anual, a 247 milhões de reais. A companhia obteve melhora no resultado operacional no período, mas o avanço de 67% da despesa financeira, para 365,8 milhões de reais, levou a empresa a divulgar lucro menor. “O destaque continua sendo o avanço da CCR para fora das rodovias, com as receitas desses projetos passando de 6,6% para 10,1% do total da companhia”, ressalta a Coinvalores.
A M. Dias Branco registrou lucro líquido de 165 milhões de reais no terceiro trimestre de 2015, alta de 11,3% cobre o mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 7,7% no período, para 192,9 milhões de reais. Para a Coinvalores, o resultado da companhia foi impactado pela fraca dinâmica da economia doméstica. “Em termos de médio prazo, a M. Dias Branco deverá inaugurar novos moinhos e integrar a capacidade produtiva adcional, dando inicio a uma fase final de seu processo de fabricação própria de insumos”, relata a Coinvalores.
A fabricante de aviões Embraer teve prejuízo líquido atribuível a acionistas de 387,7 milhões de reais no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado a companhia registrou um resultado negativo de 24,3 milhões. Apesar do resultado, a companhia teve alta de 62% na receita líquida do período, para 4,577 bilhões de reais. “A Embraer continua sob sólidos fundamentos, que apesar dos impactos financeiros da desvalorização cambial e revisão de guidance do segmento de Defesa e Segurança, o resultado operacional da companhia ainda se pauta na elevada competitividade de suas operações, assim como sua robusta demanda mundial, de forma que mantemos nossa visão positiva para a companhia”, afirma o relatório da Coinvalores.
A WEG encerrou o terceiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 265,409 milhões, o que representa um avanço de 2,6% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Já o seu Ebitda somou R$ 395,093 milhões entre julho e setembro, com evolução de 12,7% em relação ao registrado um ano antes. “Observamos aumento da representatividade das receitas advindas do exterior (mercado externo representou 57% das receitas no terceiro trimestre)”, ressalta a Coinvalores.
A Grendene fechou o terceiro trimestre de 2015 com lucro líquido de 133,5 milhões de reais, avanço de 5,9% em relação aos 26 milhões de reais do mesmo período do ano passado. Para a Coinvalores o destaque da empresa continua sendo sua flexibilidade operacional, fruto da estratégia de internacionalização das marcas da companhia. “O avanço das receitas de exportações permitiu que a Grendene apresentasse ganhos de 2,7 p.p. na margem bruta e 2,8 p.p. na margem EBITDA.", afirma um relatório da Coinvalores.
A Fibria Celulose reportou um prejuízo líquido de de 601 milhões de reais no período de julho a setembro, uma piora frente ao resultado negativo de 359 milhões de reais no mesmo período do ano passado. O resultado financeiro ficou negativo em 2,35 bilhões de reais, frente a indicador também no vermelho de 785 milhões de reais no terceiro trimestre de 2014. Apesar disso, a receita líquida da companhia foi de 2,79 bilhões de reais, um avanço de 60% em bases anuais, impulsionado pelos reajustes de preços de celulose e a desvalorização do real frente ao dólar. “De forma geral a Fibria continua a se destacar pelos custos de produção altamente competitivos e larga escala de produção, o que garante vantagens estratégicas a companhia", afirma relatório da Coinvalores.
O lucro líquido do Bradesco subiu 6,3% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo perído de 2014 e fechou em 4,12 bilhões de reais. Excluindo efeitos extraordinários, o lucro ajustado do banco somou 4,533 bilhões de reais, alta de 14,8% sobre um ano antes. “A carteira de crédito ainda mostra expansão, mesmo nesse ambiente bastante adverso, com alta de 2,4% em três meses. O resultado de seguros continuou vindo bom, com alta de 2,5% do lucro líquido do segmento em três meses e 24,4% em doze meses”, afirma o relatório da Coinvalores.
A empresa de logística JSL teve uma receita bruta de 1,68 bilhão de reais no terceiro trimestre de 2015, uma alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. “As operações da Movida (segmento de Rent a Car) tiveram forte performance em decorrência das expansões da base de ativos e pontos de venda. Apenas para ilustrar, desde a aquisição da empresa, em 2013, a frota saiu de 2,4 mil carros para 51,1 mil e o número de lojas saltou de 29 para 146 pontos”, afirma um relatório da Coinvalores.
A operadora de planos dentais Odontoprev registrou um lucro líquido de 43,5 milhões de reais no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 3,8% em relação a 2014. “Mesmo em meio ao repique na taxa de desemprego, a carteira de beneficiários expandiu para 6,4 milhões neste trimestre ante 6,3 milhões no trimestre anterior”, ressalta relatório divulgado pela Coinvalores.
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