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Mercados mundiais adotam cautela antes de dados dos EUA

São Paulo - A cautela voltava a dominar os mercados financeiros mundiais nesta quarta-feira, diante da falta de progressos significativos para resolver a crise de dívida na zona do euro, particularmente na Grécia, enquanto investidores reticentes aguardam uma bateria de indicadores sobre a economia dos Estados Unidos para digerir nesta sessão, incluindo dados de junho […]

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 08h15.

São Paulo - A cautela voltava a dominar os mercados financeiros mundiais nesta quarta-feira, diante da falta de progressos significativos para resolver a crise de dívida na zona do euro, particularmente na Grécia, enquanto investidores reticentes aguardam uma bateria de indicadores sobre a economia dos Estados Unidos para digerir nesta sessão, incluindo dados de junho sobre atividade manufatureira regional e setor imobiliário.

Os ministros da zona do euro não chegaram a um acordo na terça-feira sobre como os detentores privados da dívida grega devem compartilhar os custos de um novo resgate financeiro, colocando o ônus sobre os líderes da Alemanha e França para moldar um acordo no final desta semana. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nikolas Sarkozy, reúnem-se em Berlim na sexta-feira.

A decisão da Moody's de colocar em revisão os principais bancos franceses, citando a exposição deles à crise grega, era mais um componente adicionando incertezas aos negócios. A agência colocou BNP Paribas, Societe Generale e Credit Agricole (CASA) em revisão para possível rebaixamento, citando que a ação reflete a preocupação com a exposição desses bancos à economia grega, tanto através de participações diretas em títulos do governo ou de crédito concedido ao setor privado grego diretamente ou através de subsidiárias que operam na Grécia.

O euro era cotado a 1,4320 dólar às 7h30, em baixa de 0,85 por cento, influenciando a alta de 0,76 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais. Ante a divisa japonesa, o dólar avançava 0,2 por cento, a 80,70 ienes.

No segmento acionário, o MSCI para ações globais recuava 0,37 por cento e para emergentes, 0,21 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 0,33 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 declinava 0,10%, com as mineradoras limitando as perdas. O futuro do norte-americano S&P-500 caía 0,38 por cento --4,90 pontos. O Nikkei ainda subiu 0,28 por cento sob efeito dos ganhos em Wall Street na véspera.

O índice da bolsa de Xangai caiu 0,9 por cento.

Entre as commodities, o petróleo negociado nas operações eletrônicas em Nova York cedia 0,67 por cento, a 98,70 dólares.

Em Londres, o Brent registrava decréscimo de 0,88 por cento, a 119,10 dólares. Ainda na City londrina, o cobre era transacionado com elevação de 0,16 por cento.

No Brasil, o julgamento no Cade da incorporação da Sadia pela Perdigão, que resultou na Brasil Foods, deve ser monitorado atentamente, após o relator Carlos Emmanuel Ragazzo votar na semana passada contra a aprovação da união das empresas e pediu que o negócio fosse desfeito. A votação foi suspensa após pedido de vista pelo conselheiro Ricardo Ruiz.

Também merece atenção a divulgação do índice de atividade calculado pelo Banco Central, o IBC-Br, para abril.

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