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Juros tem viés de queda com releitura de acordo nos EUA

A leitura de que o acordo foi apenas temporário traz certo pessimismo para os negócios com ativos de maior risco, como ações e commodities

Às 9h51 (horário de Brasília), a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 estava praticamente estável, em 7,11%, ante 7,10% do ajuste de ontem (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 10h28.

São Paulo - A euforia com o acordo para evitar o abismo fiscal nos EUA, que nesta quarta-feira (2) trouxe pressão de alta para as taxas dos contratos futuros de juros durante boa parte do dia, deu lugar nesta quinta-feira à cautela.

A leitura de que o acordo foi apenas temporário traz certo pessimismo para os negócios com ativos de maior risco, como ações e commodities, e se traduz no viés de queda para as taxas dos DIs.

Às 9h51 (horário de Brasília), a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 estava praticamente estável, em 7,11%, ante 7,10% do ajuste de ontem. Já o DI para janeiro de 2015 marcava 7,71%, ante 7,73% do ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 estava em 8,42%, ante 8,43%.

"As taxas dos DIs devem fechar um pouco hoje, em função da piora do ambiente externo. Ontem mesmo o mercado começou a questionar o acordo sobre o abismo fiscal", comentou Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos.

Na quarta-feira, as taxas dos DIs, apesar de subirem ao longo da maior parte da sessão, fecharam próximas da estabilidade, em meio à percepção de que será preciso novo consenso político para elevar o teto da dívida dos EUA até o fim de fevereiro.

Além disso, a curva de juros estaria precificada de forma adequada, o que não deixa margem para movimentos extremos. "Alguns players apostaram ontem em cima da notícia do abismo fiscal, tomaram taxa, mas depois ocorreu a volta", analisa Petrassi.


Com o mercado brasileiro à espera de dados ruins para a produção industrial de novembro, na divulgação desta sexta-feira (4), a tendência baixista para as taxas dos DIs pode ser reforçada. Levantamento do AE projeções mostra que o mercado espera que a produção industrial de novembro caia de -0,10% a -1,30% em relação a outubro. A mediana calculada é de -1,00%.

Vale lembrar que, no fim da quarta-feira, o Banco Central estabeleceu um prazo médio para a carteira de renda fixa dos fundos de investimento de uma sociedade seguradora ou entidade aberta de previdência complementar.

De acordo com a resolução, a carteira desses fundos terá de apresentar prazo médio remanescente mínimo de 1.825 dias corridos (5 anos) e prazo médio de repactuação mínimo (duration) de 1.095 dias corridos (3 anos). As mudanças na regras dos fundos de previdência aberta visam forçar uma troca de ativos que pagam a variação da taxa básica de juros por papéis que têm um prazo mais longo de vencimento.

Na manhã de hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,25% em novembro de 2012.

No acumulado do ano, o indicador mostra alta de 6,82% e, em 12 meses, de 6,64%. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou em quatro das sete capitais pesquisadas na passagem da terceira para a última quadrissemana de dezembro de 2012, informou na manhã desta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-S encerrou o mês passado com alta de 0,66%, ante +0,73% na quadrissemana anterior e +0,45% em novembro.

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Às 9h51 (horário de Brasília), a taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 estava praticamente estável, em 7,11%, ante 7,10% do ajuste de ontem. Já o DI para janeiro de 2015 marcava 7,71%, ante 7,73% do ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 estava em 8,42%, ante 8,43%.

"As taxas dos DIs devem fechar um pouco hoje, em função da piora do ambiente externo. Ontem mesmo o mercado começou a questionar o acordo sobre o abismo fiscal", comentou Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos.

Na quarta-feira, as taxas dos DIs, apesar de subirem ao longo da maior parte da sessão, fecharam próximas da estabilidade, em meio à percepção de que será preciso novo consenso político para elevar o teto da dívida dos EUA até o fim de fevereiro.

Além disso, a curva de juros estaria precificada de forma adequada, o que não deixa margem para movimentos extremos. "Alguns players apostaram ontem em cima da notícia do abismo fiscal, tomaram taxa, mas depois ocorreu a volta", analisa Petrassi.


Com o mercado brasileiro à espera de dados ruins para a produção industrial de novembro, na divulgação desta sexta-feira (4), a tendência baixista para as taxas dos DIs pode ser reforçada. Levantamento do AE projeções mostra que o mercado espera que a produção industrial de novembro caia de -0,10% a -1,30% em relação a outubro. A mediana calculada é de -1,00%.

Vale lembrar que, no fim da quarta-feira, o Banco Central estabeleceu um prazo médio para a carteira de renda fixa dos fundos de investimento de uma sociedade seguradora ou entidade aberta de previdência complementar.

De acordo com a resolução, a carteira desses fundos terá de apresentar prazo médio remanescente mínimo de 1.825 dias corridos (5 anos) e prazo médio de repactuação mínimo (duration) de 1.095 dias corridos (3 anos). As mudanças na regras dos fundos de previdência aberta visam forçar uma troca de ativos que pagam a variação da taxa básica de juros por papéis que têm um prazo mais longo de vencimento.

Na manhã de hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,25% em novembro de 2012.

No acumulado do ano, o indicador mostra alta de 6,82% e, em 12 meses, de 6,64%. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou em quatro das sete capitais pesquisadas na passagem da terceira para a última quadrissemana de dezembro de 2012, informou na manhã desta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-S encerrou o mês passado com alta de 0,66%, ante +0,73% na quadrissemana anterior e +0,45% em novembro.

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