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Juros futuros têm leve viés de alta antes do Copom

Expectativa é que o Banco Central mantenha a Selic estável na reunião do Copom na próxima semana e pelo menos até depois das eleições

Bovespa: para investidor em juros, cenário é de inflação perto do teto da meta, estabilidade e atividade fraca (Paulo Fridman/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 17h53.

São Paulo - Os juros futuros fecharam com leve viés de alta nesta sexta-feira, 11, em um dia mercado pelo giro fraco e pela falta de fatores para guiar os negócios.

Operadores comentam que, com a atividade econômica fraca e inflação ainda elevada - apesar do movimento de desaceleração -, a expectativa é que o Banco Central mantenha a Selic estável na reunião do Copom na próxima semana e pelo menos até depois das eleições.

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Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (26.910 contratos) estava em 10,790%, de 10,782% no ajuste. O DI para janeiro de 2015 (84.675 contratos) apontava 10,78%, exatamente no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2016 (74.885 contratos) marcava 11,12%, de 11,09%. No trecho mais longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (93.065 contratos) mostrava 11,46%, de 11,44%.

E o DI para janeiro de 2021 (12.400 contratos) tinha taxa de 11,96%, igual ao ajuste anterior.

Para o investidor em juros, o cenário para este ano está dado: inflação perto do teto da meta, juros estáveis e atividade fraca, sem tirar a situação fiscal do radar.

Tamanha a previsibilidade, que não há expectativa de surpresas para o encontro do Comitê de Política Monetária ( Copom ) da próxima semana, nos dias 15 e 16.

O comitê do BC deve manter a Selic em 11%, segundo aposta unânime das 80 casas consultadas pelo AE Projeções. Desse total, 71 esperam estabilidade da taxa básica até o fim deste ano, enquanto nove preveem elevação dos juros.

Nesse cenário, os indicadores divulgados hoje acabaram sendo colocados de lado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,10% na primeira quadrissemana de julho.

O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou fora do intervalo das previsões de 13 instituições pesquisadas pelo AE Projeções, que apontavam que o índice poderia ficar entre 0,05% e 0,09%, com mediana de 0,06%.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) divulgado pela FGV, mostrou avanço de 0,3% em junho em relação ao mês anterior, para 66,8 pontos, com ajuste sazonal, de alta de 0,8% em maio.

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