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Juros futuros sobem após resultado forte do varejo

Na reta final da sessão, um movimento técnico em alguns vencimentos puxou os juros para perto das máximas

Painel da Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (138.705 contratos) marcava 9,29% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 17h18.

São Paulo - O resultado das vendas varejistas em julho, além das expectativas, patrocinou uma alta consistente das taxas futuras de juros nesta quinta-feira, 12. A leitura é que a atividade mais forte que o esperado reforça eventuais pressões sobre a inflação, como as oriundas do câmbio.

Como fator adicional, o dólar subiu frente ao real em boa parte do pregão, pressionando ainda mais as taxas de curto prazo. Na reta final da sessão, um movimento técnico em alguns vencimentos puxou os juros para perto das máximas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (138.705 contratos) marcava 9,29%, de 9,25% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (322.520 contratos) indicava taxa de 10,49%, de 10,36% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (158.415 contratos) apontava máxima de 11,72%, de 11,57%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.455 contratos) estava em 12,12%, também máxima, de 11,97% no ajuste anterior.

Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas do comércio varejista no conceito restrito subiram 1,9% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do teto das estimativas do AE Projeções (1,2%). Quanto ao varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, as vendas avançaram 0,6% na margem, também acima do teto das estimativas (0,2%).

Apesar dos números, muitos agentes mantêm o prognóstico de atividade mais fraca neste terceiro trimestre. No entanto, o resultado do varejo mostra que um possível efeito desinflacionário da desaceleração econômica sobre os preços pode não ser tão intenso quanto se esperava.

"A atividade mais fraca poderia compensar um pouco a pressão inflacionária vinda do câmbio, por exemplo. Agora, esse efeito pode ser menor do que se esperava", afirmou o diretor de gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse em almoço com representantes de jornais, em São Paulo, que o crescimento das vendas do varejo apurado pelo IBGE corrobora a melhora da economia e da confiança das famílias. Segundo ele, "a condução adequada da política monetária limitará a transmissão da desvalorização do câmbio para a inflação no horizonte relevante". Neste pregão, o dólar à vista no mercado de balcão terminou estável, a R$ 2,273.

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São Paulo - O resultado das vendas varejistas em julho, além das expectativas, patrocinou uma alta consistente das taxas futuras de juros nesta quinta-feira, 12. A leitura é que a atividade mais forte que o esperado reforça eventuais pressões sobre a inflação, como as oriundas do câmbio.

Como fator adicional, o dólar subiu frente ao real em boa parte do pregão, pressionando ainda mais as taxas de curto prazo. Na reta final da sessão, um movimento técnico em alguns vencimentos puxou os juros para perto das máximas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (138.705 contratos) marcava 9,29%, de 9,25% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (322.520 contratos) indicava taxa de 10,49%, de 10,36% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (158.415 contratos) apontava máxima de 11,72%, de 11,57%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.455 contratos) estava em 12,12%, também máxima, de 11,97% no ajuste anterior.

Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas do comércio varejista no conceito restrito subiram 1,9% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do teto das estimativas do AE Projeções (1,2%). Quanto ao varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, as vendas avançaram 0,6% na margem, também acima do teto das estimativas (0,2%).

Apesar dos números, muitos agentes mantêm o prognóstico de atividade mais fraca neste terceiro trimestre. No entanto, o resultado do varejo mostra que um possível efeito desinflacionário da desaceleração econômica sobre os preços pode não ser tão intenso quanto se esperava.

"A atividade mais fraca poderia compensar um pouco a pressão inflacionária vinda do câmbio, por exemplo. Agora, esse efeito pode ser menor do que se esperava", afirmou o diretor de gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse em almoço com representantes de jornais, em São Paulo, que o crescimento das vendas do varejo apurado pelo IBGE corrobora a melhora da economia e da confiança das famílias. Segundo ele, "a condução adequada da política monetária limitará a transmissão da desvalorização do câmbio para a inflação no horizonte relevante". Neste pregão, o dólar à vista no mercado de balcão terminou estável, a R$ 2,273.

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