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Juros futuros oscilaram perto da estabilidade com varejo

O varejo restrito ter vindo abaixo da mediana das expectativas indica atividade fraca e abre espaço para um viés negativo em toda a curva a termo


	Bovespa: perto das 9h40, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 11,08%
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: perto das 9h40, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 11,08% (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 10h36.

São Paulo - Os juros futuros responderam em baixa, num primeiro momento, aos resultados do comércio varejista brasileiro em fevereiro. Segundo profissionais de renda fixa, o fato de o varejo restrito ter vindo abaixo da mediana das expectativas indica atividade fraca e abre espaço para um viés negativo em toda a curva a termo.

Os investidores também corrigiam parte do avanço da véspera. As taxas, no entanto, voltaram depois para perto da estabilidade, atentas ao comportamento do dólar.

As vendas do comércio restrito subiram 0,2% no segundo mês deste ano, ante o primeiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho ficou dentro do intervalo de estimativas colhidas pelo AE Projeções, que iam de diminuição de 2,80% a crescimento de 1,00%, com mediana de 0,30%, no cálculo com ajuste sazonal.

Em relação a igual mês do ano passado, as vendas cresceram 8,5%. Neste caso, as expectativas variavam de alta de 4,40% a 10,20%, com mediana de 8,30%, sem ajuste.

O varejo ampliado, por sua vez, encolheu 1,6% em base mensal e aumentou 8,4% na comparação interanual. As medianas eram negativa em 1,20% e positiva em 6,35%, nesta ordem.

Apesar das oscilações das taxas futuras, o mercado segue dividido quanto à manutenção da Selic ou uma nova elevação, de 0,25 ponto porcentual, em maio e deve aguardar mais dados de inflação, principalmente a prévia do IPCA de abril, cuja divulgação está prevista para quinta-feira.

Enquanto isso, monitora, além de indicadores econômicos domésticos, o comportamento do câmbio e a agenda norte-americana. A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, falaria na manhã desta terça-feira, 15.

Perto das 9h40, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 11,08%, igual ao ajuste de ontem. No trecho longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 indicava 12,48%, de 12,47%. O dólar à vista no balcão subia 0,14%, a R$ 2,2200.

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