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Juros caem levemente por atividade fraca e piora externa

Números fracos da Anfavea e cautela com o cenário externo contribuíram para recuo das taxas na sessão desta segunda-feira

Prédio da Bovespa: o juro com vencimento para janeiro de 2014 encerrou o pregão de hoje a 7,12%, ante 7,13% no ajuste (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 16h14.

São Paulo - A despeito da deterioração da inflação corrente e das expectativas para o comportamento dos preços, as taxas futuras de juros terminaram a segunda-feira com viés de baixa. O movimento foi amparado pela cautela externa, com os mercados de risco em queda, e também por sinais de que a atividade doméstica segue patinando.

Os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mais cedo foram fracos, o que pode sustentar as estimativas contidas no relatório Focus, de que a taxa básica de juros (Selic) deva ficar no patamar atual de 7,25% ao ano até maio de 2014.

Ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (49.555 contratos) projetava taxa de 7,12%, de 7,13% no ajuste de sexta-feira. O juro para janeiro de 2015 (87.515 contratos) indicava 7,70%, de 7,74%. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (81.080 contratos) tinha taxa de 8,49%, nivelado ao ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 (7.960 contratos) marcava 9,16%, também igual ao de sexta-feira.

"A cautela externa prevaleceu hoje também no mercado de juros. Além disso, há preocupações com a atividade doméstica. A queda dos reservatórios pode prejudicar a produção de energia e a atividade mais adiante. E os números da Anfavea não foram muito bons", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.


A Anfavea informou que a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 3,34 milhões de unidades em 2012, queda de 1,9% em relação a 2011. Em dezembro, a produção caiu 14% na comparação com novembro, mas subiu 0,1% ante um ano atrás. A produção de caminhões, por sua vez, recuou 40,5% em 2012 frente a 2011; caiu 24,7% em dezembro ante novembro; e 52,6% sobre dezembro de 2011.

Quanto à inflação, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o IGP-DI subiu 0,66% em dezembro, pouco acima da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,65%). Em 2012, a inflação pelo índice ficou em 8,10%, em linha com a mediana das projeções. O indicador foi pressionado, principalmente, pelos produtos agropecuários no atacado (+1,27% no mês passado, ante 0,48% em novembro).

No que diz respeito às expectativas para os preços, a projeção de inflação medida pelo IPCA para 2012 subiu de 5,71% para 5,73% e, para 2013, de 5,47% para 5,49%, segundo a pesquisa semanal Focus, distribuída pela manhã pelo Banco Central. Já a previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 recuou de 3,30% para 3,26%. Para 2012, a estimativa de expansão seguiu em 0,98%.

No exterior, em um dia sem indicadores, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, os mercados internacionais operam em baixa em meio a uma onda de realização de lucros, após uma semana movimentada em que democratas e republicanos fecharam acordo que adia o chamado abismo fiscal e o Federal Reserve sinalizou que as medidas de estímulos para sustentar a economia norte-americana podem terminar antes do esperado. Além disso, o clima de cautela encontra amparo na questão do corte de gastos e do teto da dívida dos EUA, a ser negociado em fevereiro.

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São Paulo - A despeito da deterioração da inflação corrente e das expectativas para o comportamento dos preços, as taxas futuras de juros terminaram a segunda-feira com viés de baixa. O movimento foi amparado pela cautela externa, com os mercados de risco em queda, e também por sinais de que a atividade doméstica segue patinando.

Os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mais cedo foram fracos, o que pode sustentar as estimativas contidas no relatório Focus, de que a taxa básica de juros (Selic) deva ficar no patamar atual de 7,25% ao ano até maio de 2014.

Ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (49.555 contratos) projetava taxa de 7,12%, de 7,13% no ajuste de sexta-feira. O juro para janeiro de 2015 (87.515 contratos) indicava 7,70%, de 7,74%. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (81.080 contratos) tinha taxa de 8,49%, nivelado ao ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 (7.960 contratos) marcava 9,16%, também igual ao de sexta-feira.

"A cautela externa prevaleceu hoje também no mercado de juros. Além disso, há preocupações com a atividade doméstica. A queda dos reservatórios pode prejudicar a produção de energia e a atividade mais adiante. E os números da Anfavea não foram muito bons", afirmou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.


A Anfavea informou que a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 3,34 milhões de unidades em 2012, queda de 1,9% em relação a 2011. Em dezembro, a produção caiu 14% na comparação com novembro, mas subiu 0,1% ante um ano atrás. A produção de caminhões, por sua vez, recuou 40,5% em 2012 frente a 2011; caiu 24,7% em dezembro ante novembro; e 52,6% sobre dezembro de 2011.

Quanto à inflação, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o IGP-DI subiu 0,66% em dezembro, pouco acima da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (0,65%). Em 2012, a inflação pelo índice ficou em 8,10%, em linha com a mediana das projeções. O indicador foi pressionado, principalmente, pelos produtos agropecuários no atacado (+1,27% no mês passado, ante 0,48% em novembro).

No que diz respeito às expectativas para os preços, a projeção de inflação medida pelo IPCA para 2012 subiu de 5,71% para 5,73% e, para 2013, de 5,47% para 5,49%, segundo a pesquisa semanal Focus, distribuída pela manhã pelo Banco Central. Já a previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 recuou de 3,30% para 3,26%. Para 2012, a estimativa de expansão seguiu em 0,98%.

No exterior, em um dia sem indicadores, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, os mercados internacionais operam em baixa em meio a uma onda de realização de lucros, após uma semana movimentada em que democratas e republicanos fecharam acordo que adia o chamado abismo fiscal e o Federal Reserve sinalizou que as medidas de estímulos para sustentar a economia norte-americana podem terminar antes do esperado. Além disso, o clima de cautela encontra amparo na questão do corte de gastos e do teto da dívida dos EUA, a ser negociado em fevereiro.

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