Ibovespa tem 4º mês no vermelho; cenário em maio é nebuloso
Para maio, o cenário permanece nebuloso, mas as ações podem se beneficiar de decisões dos bancos centrais dos EUA e da Europa sobre políticas monetárias
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2013 às 18h59.
São Paulo - A Bovespa fechou esta terça-feira em alta, mas mesmo assim encerrou o mês de abril no vermelho --o quarto resultado mensal negativo --, o que deixa a porta aberta para alguma recuperação em maio, segundo analistas.
O Ibovespa, principal índice acionário doméstico, subiu 1,86 % nesta sessão, a 55.910 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,83 bilhões de reais. Mas no mês o índice caiu 0,78 %. Em 2013, a queda é de 8,3 %.
Para maio, o cenário permanece nebuloso, segundo analistas, mas as ações podem se beneficiar de decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa sobre políticas monetárias. O Federal Reserve reúne-se na quarta-feira, e o Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira.
"A perspectiva de afrouxamento monetário continua e a queda de juros pelo BCE manteria o apetite mais favorável ao risco", ressaltou o economista na Tendências Consultoria Silvio Campos.
Para o estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno, a perspectiva é de volatilidade, mas há chance de recuperação.
"A tendência é se recuperar um pouco com o mercado avaliando que a intervenção do governo brasileiro (em setores da economia) tende a se reduzir ao longo do tempo", afirmou.
No Ibovespa, o destaque do mês foi OGX, com queda de 15,6 %. Analistas evitam traçar um cenário para o papel, e para as demais ações do grupo EBX, de Eike Batista. Após fortes perdas nos meses anteriores, a ação engatou uma recuperação forte, mas teve nesta sessão um revés, tombando 10,1 %.
"Virou mais uma questão de especulação. Não dá para traçar uma trajetória", disse Campos, da Tendências.
O ganho da sessão foi garantido em parte pelas blue chips. A ação preferencial da Petrobras subiu 2,66 %, a 20,09 reais, enquanto a da Vale avançou 1,94 %, a 32,64 reais.
Embraer subiu 6,6 %. A fabricante de aviões divulgou resultado mais fraco que o esperado, mas o anúncio de um pedido de pelo menos 30 novos aviões da United Airlines impulsionou os papéis da companhia.
Outros destaques individuais deram suporte ao índice. Ambev disparou 5,8 %. A fabricante de bebidas teve lucro abaixo do previsto pelo mercado no primeiro trimestre, mas analistas consideraram que isso já estava no preço.
Pão de Açúcar subiu 0,27 %, a 110,80 reais, também após ter divulgado lucro acima do esperado por analistas para o primeiro trimestre.
No caso do Itaú Unibanco, o lucro veio pouco acima das estimativas, mas a ação subiu 2,56 %, ilustrando o bom desempenho dos papéis do setor bancário, um dos melhores do pregão.
Atualizada às 18h58.
São Paulo - A Bovespa fechou esta terça-feira em alta, mas mesmo assim encerrou o mês de abril no vermelho --o quarto resultado mensal negativo --, o que deixa a porta aberta para alguma recuperação em maio, segundo analistas.
O Ibovespa, principal índice acionário doméstico, subiu 1,86 % nesta sessão, a 55.910 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 9,83 bilhões de reais. Mas no mês o índice caiu 0,78 %. Em 2013, a queda é de 8,3 %.
Para maio, o cenário permanece nebuloso, segundo analistas, mas as ações podem se beneficiar de decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa sobre políticas monetárias. O Federal Reserve reúne-se na quarta-feira, e o Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira.
"A perspectiva de afrouxamento monetário continua e a queda de juros pelo BCE manteria o apetite mais favorável ao risco", ressaltou o economista na Tendências Consultoria Silvio Campos.
Para o estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno, a perspectiva é de volatilidade, mas há chance de recuperação.
"A tendência é se recuperar um pouco com o mercado avaliando que a intervenção do governo brasileiro (em setores da economia) tende a se reduzir ao longo do tempo", afirmou.
No Ibovespa, o destaque do mês foi OGX, com queda de 15,6 %. Analistas evitam traçar um cenário para o papel, e para as demais ações do grupo EBX, de Eike Batista. Após fortes perdas nos meses anteriores, a ação engatou uma recuperação forte, mas teve nesta sessão um revés, tombando 10,1 %.
"Virou mais uma questão de especulação. Não dá para traçar uma trajetória", disse Campos, da Tendências.
O ganho da sessão foi garantido em parte pelas blue chips. A ação preferencial da Petrobras subiu 2,66 %, a 20,09 reais, enquanto a da Vale avançou 1,94 %, a 32,64 reais.
Embraer subiu 6,6 %. A fabricante de aviões divulgou resultado mais fraco que o esperado, mas o anúncio de um pedido de pelo menos 30 novos aviões da United Airlines impulsionou os papéis da companhia.
Outros destaques individuais deram suporte ao índice. Ambev disparou 5,8 %. A fabricante de bebidas teve lucro abaixo do previsto pelo mercado no primeiro trimestre, mas analistas consideraram que isso já estava no preço.
Pão de Açúcar subiu 0,27 %, a 110,80 reais, também após ter divulgado lucro acima do esperado por analistas para o primeiro trimestre.
No caso do Itaú Unibanco, o lucro veio pouco acima das estimativas, mas a ação subiu 2,56 %, ilustrando o bom desempenho dos papéis do setor bancário, um dos melhores do pregão.
Atualizada às 18h58.