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Ibovespa renova máximas e chega perto dos 90 mil pontos

Às 14h57, o Ibovespa subia 0,58%, a 89.765,02 pontos

Ibovespa: dados econômicos divulgados nesta sessão nos EUA corroboraram um cenário de crescimento ainda saudável, mas sem pressões inflacionárias que justifiquem uma atuação mais forte do banco central norte-americano (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

Ibovespa: dados econômicos divulgados nesta sessão nos EUA corroboraram um cenário de crescimento ainda saudável, mas sem pressões inflacionárias que justifiquem uma atuação mais forte do banco central norte-americano (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 15h30.

São Paulo - O Ibovespa renovava máximas históricas nesta quinta-feira, 29, encostando em 90 mil pontos, com dados econômicos dos Estados Unidos endossando declarações "dovish" do chairman do Federal Reserve na véspera, em movimento liderado pelas ações de CCR e Ecorodovias nesta sessão.

Às 14h57, o Ibovespa subia 0,58 por cento, a 89.765,02 pontos. No melhor momento, subiu 0,74 por cento, a 89.909,58 pontos, nível intradia recorde. O volume financeiro somava 7,42 bilhões de reais.

Dados econômicos divulgados nesta sessão nos Estados Unidos - sobre pedidos de auxílio desemprego e gasto e renda do consumidor - corroboraram um cenário de crescimento ainda saudável, mas sem pressões inflacionárias que justifiquem uma atuação mais forte do banco central norte-americano.

 

 

A agenda referendou o tom mais moderado adotado pelo chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, na quarta-feira, em relação ao processo de normalização da taxa de juros nos Estados Unidos, que trouxe euforia aos ativos de risco já na véspera, em particular de mercados emergentes.

As bolsas em Nova York mostravam perdas nesta tarde, mas longe das mínimas, com o mercado na expectativa do encontro dos presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, em cúpula do G20 na Argentina, em meio ao embate comercial entre os dois gigantes que tem preocupado investidores globalmente.

Destaques

- CCR e ECORODOVIAS subiam 8,8 e 5,6 por cento, respectivamente, com expectativas atreladas a novos projetos de concessão do novo governo dentro do Programa de Parcerias de Investimentos. Para o Bradesco BBI, as duas estão bem posicionadas para fazer ofertas a tais projetos. No caso da CCR, também estava no radar acordo para encerrar inquérito civil envolvendo caixa 2.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha acréscimo de 1 por cento, após atingir cotação recorde na véspera, ajudando na ponta positiva. BRADESCO PN subia 0,8 por cento, BANCO DO BRASIL mostrava variação negativa de 0,46 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT avançava 1,14 por cento.

- PETROBRAS PN ganhava 0,16 por cento e PETROBRAS ON subia 0,94 por cento, com a alta dos preços do petróleo amenizando o impacto da falta de acordo sobre a votação do projeto que trata da cessão onerosa na véspera, com o presidente do Senado adiando a votação para a próxima semana.

- JBS subia 3,74 por cento, em meio a perspectivas favoráveis para exportadoras de proteínas, com o BTG Pactual também elevando a recomendação dos papéis para 'compra'.

- SUZANO ganhava 4,49 por cento, após a criação da maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, oriunda da incorporação da Fibria pela empresa, ser aprovada pela União Europeia, liberando-as para marcarem a conclusão do processo de formação do grupo para 14 de janeiro.

- ULTRAPAR tinha elevação de 2,71 por cento, ampliando a recuperação e acumulando em novembro ganho de mais de 9 por cento. No ano, porém, ainda recua mais de 30 por cento. O grupo, que atua em postos de combustíveis, produção de químicos, rede de farmácias e estoque de granéis, realiza nesta quinta-feira encontro com investidores e analistas.

- B2W perdia 2,26 por cento, dividindo o topo das maiores perdas com PÃO DE AÇÚCAR PN, em baixa de 1,95 por cento.

- VALE tinha decréscimo de 0,67 por cento, após forte ganho na véspera, apesar de alta nas ações de mineradoras nos pregões europeus.

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