São Paulo – Os principais mercados do globo exibem fortes ganhos nesta quarta-feira. Por aqui, o Ibovespa valorizava 4% na máxima do dia, aos 57.560 pontos, ampliando seus ganhos na semana para 4,7%.

As bolsas da Europa passavam a subir aproximadamente 3,5%, depois que a China cortou o depósito compulsório dos bancos em 0,50 ponto percentual.

No entanto, a notícia de maior impacto e que alimenta o apetite dos investidores é a de que os Bancos Centrais mais influentes do mundo anunciaram há pouco uma ação coordenada para aumentar a capacidade de prover liquidez para o sistema financeiro global. A medida irá reduzir o custo de captação de dólares dos bancos fora dos Estados Unidos.

“O propósito dessas ações é aliviar as tensões nos mercados financeiros e assim mitigar os efeitos na oferta de crédito para as famílias e as empresas para ajudar a promover a atividade econômica”, mostra o comunicado assinado em conjunto pelos BCs do Canadá, Inglaterra, Japão, União Europeia, EUA e Suíça.

A medida irá reduzir a taxa da linha de swap (troca) de moedas entre os países em 50 pontos-base. O novo valor agora será a taxa do mercado interbancário em dólar (OIS) mais 50 pontos-base. A taxa estava em 100 pontos-base. O novo preço será aplicado nas operações conduzidas a partir de 5 de dezembro.

A quarta-feira também marca a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2011. O Banco Central deve reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 11% ao ano, segundo a mediana das expectativas de 60 economistas consultados pela Bloomberg, no encontro que se encerra hoje no começo da noite.

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JBS

As ações ordinárias do JBS (JBSS3) ocupavam o topo de valorização do Ibovespa, com uma alta de 9,8%. Desde a última segunda-feira, o ganho acumulado dos papéis é de 5,2%.

Nesta semana, o presidente da holding J&F Participações e do conselho de administração da empresa de carnes JBS, Joesley Batista, descartou a formação de uma joint-venture para atuar no mercado chinês, ao contrário do que fizeram seus concorrentes, Marfrig e BRF - Brasil Foods.

"Temos três escritórios e uma fábrica de couro na China. Não pensamos em fazer joint-venture naquele país, vamos caminhar sozinhos. A China é muito grande, a demanda está crescendo em todos os setores, e acho que em carne não será diferente", disse o executivo a jornalistas, no 7º Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, promovido pela Fiesp.

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Dasa

A Dasa (DASA3), grupo brasileiro de diagnósticos médicos, teve sua recomendação elevada de desempenho em linha com a média de mercado (market perform) para desempenho em acima da média de mercado (outperform) pela Raymond James, que disse que os atuais múltiplos da companhia oferecem uma “boa oportunidade de compra”.

“O recente movimento de venda de ações da Dasa após uma sequência de fracos resultados trimestrais foi exagerado”, escreveram os analistas Guilherme Assis e Joseph Giordano em relatório enviado a clientes hoje por e-mail.

As ações ordinárias da companhia subiam 2,9% na máxima do dia, negociadas a 13,53 reais. Em 2011, os papéis amargam uma desvalorização de 40%.

BicBanco e Banrisul

O BicBanco (BICB4) teve sua recomendação rebaixada de “neutra” para “venda” pelo Goldman, que citou preocupação com a perspectiva de resultado do banco.

“Esperamos que a rentabilidade do BicBanco permaneça pressionada com o aprofundamento da deterioração da qualidade de seus ativos e compressão de margens”, disseram os analistas do Goldman Sachs incluindo Wesley Okada em nota enviada hoje à clientes.

Já o Banrisul (BRSR6) teve sua recomendação elevada de “venda” para “neutra”. De acordo com o Goldman Sachs, a instituição possui uma “forte base de capital, base de captação a custo baixo e uma carteira de crédito defensiva.”

Os papéis preferenciais do BicBanco subiam 1,8% na máxima registrada nesta sessão, negociados ao preço de 7,17 reais. No ano, as ações caem 47%.

As ações preferenciais classe B do Banrisul entregavam ganhos de 3,7% no início desta tarde.