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Europa fecha em alta após BoJ reduzir taxa de juros

Por Álvaro Campos Londres - As principais Bolsas europeias fecharam em alta, interrompendo uma série de seis sessões consecutivas de queda do índice pan-europeu Stoxx 600. O surpreendente corte na taxa básica de juros no Japão alimentou expectativas de que outros bancos centrais devem continuar a fazer todo o possível para dar suporte ao crescimento. […]

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 11h04.

Por Álvaro Campos

Londres - As principais Bolsas europeias fecharam em alta, interrompendo uma série de seis sessões consecutivas de queda do índice pan-europeu Stoxx 600. O surpreendente corte na taxa básica de juros no Japão alimentou expectativas de que outros bancos centrais devem continuar a fazer todo o possível para dar suporte ao crescimento. O Stoxx 600 fechou em alta de 3,44 pontos (1,33%) aos em 261,18 pontos.

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Os ganhos nos mercados europeus vieram após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) reduzir sua taxa básica de juros para uma faixa entre 0% e 0,1% e afirmar que vai tomar medidas adicionais de afrouxamento quantitativo, incluindo um novo fundo temporário para a compra de diversos tipos de ativos.

Conforme a empresa de pesquisas Markit divulgou hoje, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto final da zona do euro caiu para 54,1 em setembro, de 56,2 em agosto. O dado indica que a economia da região continuou crescendo no mês passado, embora a um ritmo mais lento do que no mês anterior. No entanto, o número final veio melhor do que a estimativa dos economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam que o cálculo preliminar, de 53,8, fosse mantido.

Nos EUA, o índice do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) de atividade do setor não industrial avançou a 53,2 em setembro, de 51,5 em agosto. A estimativa dos analistas era de uma leitura de 52.

Para Bernard McAlinden, estrategista da NCB Stockbrokers, a decisão do Japão fornece suporte aos mercados, somada a comentários anteriores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre novas medidas de afrouxamento quantitativo. O Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu devem decidir sobre suas taxas de juros na quinta-feira.

Mas, segundo McAlinden, mesmo que as autoridades monetárias adotem novas medidas de afrouxamento, os anúncios só darão suporte para os principais índices acionários e não devem desencadear um rali significativo. "Os investidores chegaram à conclusão que o momento não é indicado para os mercados de ações subirem mais", comentou.

O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 79,79 pontos (1,44%), em 5.635,76 pontos. Mesmo assim, para David Jones, da IG Index, "um certo grau de cautela deveria ser acrescentado a esses ganhos. O início da temporada de balanços corporativos nos EUA e a divulgação dos dados do mercado de trabalho (payroll) esta semana têm potencial para decepcionar".

O setor de mineração teve um dos melhores desempenhos da sessão (Anglo American +4,08%, BHP Billiton +2,37%, Fresnillo +2,69%, Randgold Resources + 3,02%, Rio Tinto + 2,57% e Xstrata +2,56%). A exceção foi a Kazakhmys, que avançou apenas 0,28%, após o presidente da empresa vender uma participação equivalente a 11% do total de ações em circulação para o fundo soberano do Casaquistão, por mais de US$ 1,3 bilhão. Os bancos também foram bem, com o Lloyds ganhando 3,19% e o HSBC subindo 2,13%. A British Airways avançou 6,48%, após divulgar dados positivos sobre o tráfego de passageiros em setembro.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra-DAX fechou em alta de 81,62 pontos (1,33%), em 6.215,83 pontos. As ações da Deutsche Boerse tiveram ganho de 2,67%, após o Credit Suisse elevar o preço-alvo do papel. A mineradora Kali & Salz Beteiligungs subiu 1,72%, apesar dos resultados decepcionantes da rival norte-americana Mosaic, divulgados ontem. A BMW ganhou 3,60%, depois de o Santander atribuir recomendação de "compra" para os papéis da empresa. A fabricante de cimento Heidelberg avançou 2,78%. Do outro lado, a E.ON perdeu 0,80%, pois sua recomendação foi rebaixada para "neutra" pelo HSBC.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 82,12 pontos (2,25%), em 3.731,93 pontos, se recuperando após seis sessões consecutivas de queda. Ações cíclicas, que caíram na semana passada com investidores realizando lucros, e o setor bancário, que havia sido prejudicado pelos receios em relação a crise da dívida soberana na zona do euro e às projeções de crescimento da região, recuperaram terreno hoje. O BNP Paribas subiu 3,88% e o Société Générale avançou 3,60%. No setor de tecnologia, a STMicroelectronics teve alta de 3,38%. Entre as montadoras, a Renault registrou ganho de 3,60% e a Peugeot de 2,47%. A petroleira Total subiu 2,10%, mesmo com a greve no terminal de Fos-Lavéra, que já dura nove dias.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em alta de 268,20 pontos (2,58%), em 10.651,20 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, avançou 419,05 pontos (2,09%) e fechou em 20.510,02 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 subiu 109,60 pontos (1,45%) e fechou em 7.645,31 pontos. As informações são da Dow Jones.

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