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Em semana dramática na Bovespa, BR Insurance desaba 47%

Investidores continuam a repercutir de maneira negativa o balanço divulgado pela empresa de corretagem de seguros


	Nos últimos três meses do ano passado, o lucro operacional foi de 9 milhões de reais, uma queda de 77% na comparação com o mesmo período de 2012 e de 79% comparada ao terceiro trimestre.
 (BM&FBovespa/EXAME.com)

Nos últimos três meses do ano passado, o lucro operacional foi de 9 milhões de reais, uma queda de 77% na comparação com o mesmo período de 2012 e de 79% comparada ao terceiro trimestre. (BM&FBovespa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 16h01.

São Paulo – As ações da Brasil Insurance voltaram a despencar na Bovespa nesta sexta-feira. Na mínima do dia, a queda dos papéis chegava a 24%.

Os investidores continuam a repercutir de maneira negativa o balanço divulgado pela empresa de corretagem de seguros. Desde a última segunda-feira - quando o mercado conheceu os resultados do quarto trimestre de 2013 - as ações já recuaram 47%.

Nos últimos três meses do ano passado, o lucro operacional foi de 9 milhões de reais, uma queda de 77% na comparação com o mesmo período de 2012 e de 79% comparada ao terceiro trimestre.

De acordo com a companhia, o resultado foi fortemente impactado pelo cancelamento de contratos, cujos valores somam 8 milhões de reais.

O mais recente relatório do banco J. Safra sobre a companhia reduziu significativamente o preço alvo das ações para 2014, de 23,80 reais para 13,10 reais. A recomendação foi rebaixada de compra para neutra.


Os erros

Aumento de cancelamentos, provisão para contas a receber, alta de despesas, fraco crescimento orgânico e resultado financeiro poluído são as preocupações listadas pelo analista Francisco Kops, no relatório do J. Safra.

“Em nossa visão, essas questões são oriundas de um modelo que não vem mais entregando resultados, especialmente após a extinção do Verona”, explica Kops.

O Verona era o canal usado anteriormente na remuneração das 27 corretoras originais de acordo com desempenho por meio do pagamento de ações.

“Acreditamos que a política alternativa de remuneração lançada para substituir o Verona não tenha funcionado até agora. Resumindo, nossa opinião é de que o maior desafio para a Brasil Insurance hoje é como construir um modelo que aborde melhor essas novas questões”, conclui Kops.

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