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Em dia volátil, dólar chega a superar R$2,92

Máxima foi a maior desde setembro de 2004

Câmbio: na máxima, a divisa dos EUA atingiu 2,9211 reais, maior nível desde setembro de 2004 (REUTERS/Gregg Newton)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 11h16.

São Paulo - Em uma sessão marcada por volatilidade em meio à briga pela Ptax de fevereiro, o dólar chegou a superar 2,92 reais mas passou a cair, após números fortes sobre as contas públicas aliviarem parte das preocupações do mercado com a solidez do ajuste fiscal.

Às 10h40, a moeda norte-americana tinha variação negativa de 0,02 por cento, a 2,8846 reais na venda, pouco depois de chegar à mínima da sessão, a 2,8626 reais. Na máxima, a divisa dos EUA atingiu 2,9211 reais, maior nível desde setembro de 2004.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 120 milhões de dólares.

Dados do BC mostraram nesta manhã que o setor público consolidado apresentou superávit primário de 21,063 bilhões de reais em janeiro, melhor do que o esperado por analistas.

A cifra tirou alguma força da preocupação de investidores com a perspectiva de o ajuste fiscal promovido pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não ser capaz de resgatar a credibilidade da política fiscal, principalmente em um quadro de contração econômica e inflação elevada.

"É uma primeira informação, vamos ter que esperar as demais. Para o dia de hoje, é animador", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

No front externo, a perspectiva de que o aguardado início do aumento de juros nos Estados Unidos está cada vez mais próximo também vem pressionando o câmbio.

Na sessão passada, indicadores econômicos norte-americanos mistos deram força a essas expectativas e elevaram a divisa norte-americana.

A pressão continuou após o fechamento do mercado à vista, com o primeiro contrato futuro do dólar, cujas negociações encerram mais tarde, atingindo 2,93 reais.

Parte do avanço visto nesta manhã representou um ajuste do mercado à vista a esse movimento, o que também explicava a queda mais expressiva apresentada pelo dólar para abril.

A volatilidade também era acentuada pela briga que costuma anteceder a formação da Ptax de fim de mês, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.

Nos últimos pregões do mês, operadores costumam realizar operações pontuais para deslocar a Ptax a patamares favoráveis a suas posições.

"Se não bastasse a enxurrada de dados, hoje é um dia tipicamente volátil", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 500 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.500 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98,0 milhões de dólares.

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São Paulo - Em uma sessão marcada por volatilidade em meio à briga pela Ptax de fevereiro, o dólar chegou a superar 2,92 reais mas passou a cair, após números fortes sobre as contas públicas aliviarem parte das preocupações do mercado com a solidez do ajuste fiscal.

Às 10h40, a moeda norte-americana tinha variação negativa de 0,02 por cento, a 2,8846 reais na venda, pouco depois de chegar à mínima da sessão, a 2,8626 reais. Na máxima, a divisa dos EUA atingiu 2,9211 reais, maior nível desde setembro de 2004.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 120 milhões de dólares.

Dados do BC mostraram nesta manhã que o setor público consolidado apresentou superávit primário de 21,063 bilhões de reais em janeiro, melhor do que o esperado por analistas.

A cifra tirou alguma força da preocupação de investidores com a perspectiva de o ajuste fiscal promovido pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não ser capaz de resgatar a credibilidade da política fiscal, principalmente em um quadro de contração econômica e inflação elevada.

"É uma primeira informação, vamos ter que esperar as demais. Para o dia de hoje, é animador", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

No front externo, a perspectiva de que o aguardado início do aumento de juros nos Estados Unidos está cada vez mais próximo também vem pressionando o câmbio.

Na sessão passada, indicadores econômicos norte-americanos mistos deram força a essas expectativas e elevaram a divisa norte-americana.

A pressão continuou após o fechamento do mercado à vista, com o primeiro contrato futuro do dólar, cujas negociações encerram mais tarde, atingindo 2,93 reais.

Parte do avanço visto nesta manhã representou um ajuste do mercado à vista a esse movimento, o que também explicava a queda mais expressiva apresentada pelo dólar para abril.

A volatilidade também era acentuada pela briga que costuma anteceder a formação da Ptax de fim de mês, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.

Nos últimos pregões do mês, operadores costumam realizar operações pontuais para deslocar a Ptax a patamares favoráveis a suas posições.

"Se não bastasse a enxurrada de dados, hoje é um dia tipicamente volátil", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 500 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.500 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98,0 milhões de dólares.

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