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Elétricas perdem R$ 34 bilhões do valor de mercado

Setor não vivia tanta pressão desde implementação do modelo elétrico, em 2004

Rede de transmissão elétrica: desde edição de MP, setor elétrico sofre com turbulência (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2013 às 10h16.

São Paulo - Uma forte crise de confiança tem abalado o setor elétrico brasileiro e colocado em risco investimentos na expansão do parque gerador. Desde a edição da Medida Provisória 579, em setembro, com as regras de renovação das concessões, o governo publicou uma série de decretos, resoluções e portarias envolvendo mercado livre, distribuidores e geradores que podem ter efeito negativo em várias áreas, afirmam especialistas.

A turbulência atingiu em cheio as ações do setor. Levantamento da empresa de informação financeira Economática mostra que, após a MP, as elétricas já perderam R$ 34 bilhões do valor de mercado, sendo R$ 8,7 bilhões da Eletrobrás e R$ 8,4 bilhões da Cemig. O resultado preocupa diante da necessidade de investimentos do setor nos próximos anos, afirma o analista de um grande banco de investimentos, que prefere não se identificar. Até 2021, a capacidade instalada no País terá de ser ampliada em 58%, para 182 mil MW.

Desde 2004, quando o modelo elétrico foi implementado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, o setor não vivia sob tanta pressão. "Hoje o setor está muito instável. Algumas medidas têm motivações que não necessariamente seguem a lógica econômica, mas política", afirma o sócio da comercializadora Compass, Marcelo Parodi.

Em parte das decisões, um dos objetivos foi evitar que a queda média de 20% nas tarifas obtida com a renovação das concessões fosse corroída, por exemplo, pelo alto custo das térmicas a óleo - essas unidades tiveram de aumentar a produção por causa do baixo volume de chuvas que derrubou o nível dos reservatórios. Desde a MP, o setor vive um vaivém de medidas sem fim. A redução das tarifas é legítima. O problema é que as decisões apenas vão adiar o repasse ao consumidor, avaliam especialistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A turbulência atingiu em cheio as ações do setor. Levantamento da empresa de informação financeira Economática mostra que, após a MP, as elétricas já perderam R$ 34 bilhões do valor de mercado, sendo R$ 8,7 bilhões da Eletrobrás e R$ 8,4 bilhões da Cemig. O resultado preocupa diante da necessidade de investimentos do setor nos próximos anos, afirma o analista de um grande banco de investimentos, que prefere não se identificar. Até 2021, a capacidade instalada no País terá de ser ampliada em 58%, para 182 mil MW.

Desde 2004, quando o modelo elétrico foi implementado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, o setor não vivia sob tanta pressão. "Hoje o setor está muito instável. Algumas medidas têm motivações que não necessariamente seguem a lógica econômica, mas política", afirma o sócio da comercializadora Compass, Marcelo Parodi.

Em parte das decisões, um dos objetivos foi evitar que a queda média de 20% nas tarifas obtida com a renovação das concessões fosse corroída, por exemplo, pelo alto custo das térmicas a óleo - essas unidades tiveram de aumentar a produção por causa do baixo volume de chuvas que derrubou o nível dos reservatórios. Desde a MP, o setor vive um vaivém de medidas sem fim. A redução das tarifas é legítima. O problema é que as decisões apenas vão adiar o repasse ao consumidor, avaliam especialistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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