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Dólar recua em dia volátil e com estímulos divergentes

Ocdólar à vista negociado no mercado de balcão fechou nesta quinta-feira, 11, em baixa de 0,53% ante o real, cotado a R$ 2,2580

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 17h17.

São Paulo - Numa sessão volátil e com estímulos divergentes do Brasil e do exterior, o dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou nesta quinta-feira, 11, em baixa de 0,53% ante o real, cotado a R$ 2,2580.

Durante o dia, enquanto a alta da Selic para 8,5% ao ano, anunciada na noite passada pelo Banco Central (BC), sugeria um viés de queda para a moeda norte-americana no Brasil, o dólar registrava ganhos no exterior ante algumas divisas com elevada correlação com commodities, como o dólar australiano. Completavam o cenário a baixa liquidez e as preocupações com a economia brasileira.

Na mínima, na abertura, a cotação atingiu R$ 2,2500 (-0,88%) e, na máxima, às 14h40, marcou R$ 2,2730 (+0,13%). Apesar de a moeda oscilar acima de R$ 2,27 em alguns momentos, o BC manteve-se fora dos negócios. Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,676 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto valia R$ 2,2685, em baixa de 0,29%.

O dólar abriu em baixa, sintonizado com a desvalorização em outras praças, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, ter sinalizado na véspera que os esforços de estímulo econômico serão mantidos. Mas a divisa dos EUA recuperou terreno tanto no exterior quanto no Brasil, com renovação das máximas no início da tarde.

A decisão de política monetária do Copom deveria trazer, em tese, um viés de baixa para a moeda norte-americana ante o real, já que uma Selic mais alta torna mais atrativo o investimento em renda fixa brasileira. Profissionais das mesas de câmbio disseram que a elevação da taxa básica não teve efeito imediato sobre o fluxo e o dólar.

"Só uma taxa de dois dígitos vai trazer um fluxo que eleve a oferta de dólares no país", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "O ambiente no Brasil está ruim, temos um quadro de baixo crescimento com inflação, e o país não atrai moeda. É o pior dos cenários", acrescentou.

Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade, declarou que "a gente esperava que o dólar fosse cair, porque toda vez que o juro sobe, a tendência é essa. Só que o quadro do Brasil é ruim e o mercado acaba procurando hedge (proteção) em dólar no mercado futuro".

À tarde, o dólar no balcão oscilou perto da estabilidade, enquanto no exterior registrava ganhos consistentes em relação a divisas como o dólar australiano - bastante acompanhada por investidores daqui. Quando o dólar norte-americano perdeu força ante o australiano e outras moedas commodities, isso abriu espaço para que a moeda, no Brasil, passasse a recuar de forma mais consistente.

"Houve uma melhora das moedas commodities lá fora (em detrimento do dólar). Além disso, o mercado está pequeno no Brasil, com pouca liquidez. Os movimentos estão também muito ligados a trade (compra e venda na mesma sessão)", observou durante a tarde um profissional da mesa de câmbio de um grande banco.

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São Paulo - Numa sessão volátil e com estímulos divergentes do Brasil e do exterior, o dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou nesta quinta-feira, 11, em baixa de 0,53% ante o real, cotado a R$ 2,2580.

Durante o dia, enquanto a alta da Selic para 8,5% ao ano, anunciada na noite passada pelo Banco Central (BC), sugeria um viés de queda para a moeda norte-americana no Brasil, o dólar registrava ganhos no exterior ante algumas divisas com elevada correlação com commodities, como o dólar australiano. Completavam o cenário a baixa liquidez e as preocupações com a economia brasileira.

Na mínima, na abertura, a cotação atingiu R$ 2,2500 (-0,88%) e, na máxima, às 14h40, marcou R$ 2,2730 (+0,13%). Apesar de a moeda oscilar acima de R$ 2,27 em alguns momentos, o BC manteve-se fora dos negócios. Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,676 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto valia R$ 2,2685, em baixa de 0,29%.

O dólar abriu em baixa, sintonizado com a desvalorização em outras praças, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, ter sinalizado na véspera que os esforços de estímulo econômico serão mantidos. Mas a divisa dos EUA recuperou terreno tanto no exterior quanto no Brasil, com renovação das máximas no início da tarde.

A decisão de política monetária do Copom deveria trazer, em tese, um viés de baixa para a moeda norte-americana ante o real, já que uma Selic mais alta torna mais atrativo o investimento em renda fixa brasileira. Profissionais das mesas de câmbio disseram que a elevação da taxa básica não teve efeito imediato sobre o fluxo e o dólar.

"Só uma taxa de dois dígitos vai trazer um fluxo que eleve a oferta de dólares no país", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "O ambiente no Brasil está ruim, temos um quadro de baixo crescimento com inflação, e o país não atrai moeda. É o pior dos cenários", acrescentou.

Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade, declarou que "a gente esperava que o dólar fosse cair, porque toda vez que o juro sobe, a tendência é essa. Só que o quadro do Brasil é ruim e o mercado acaba procurando hedge (proteção) em dólar no mercado futuro".

À tarde, o dólar no balcão oscilou perto da estabilidade, enquanto no exterior registrava ganhos consistentes em relação a divisas como o dólar australiano - bastante acompanhada por investidores daqui. Quando o dólar norte-americano perdeu força ante o australiano e outras moedas commodities, isso abriu espaço para que a moeda, no Brasil, passasse a recuar de forma mais consistente.

"Houve uma melhora das moedas commodities lá fora (em detrimento do dólar). Além disso, o mercado está pequeno no Brasil, com pouca liquidez. Os movimentos estão também muito ligados a trade (compra e venda na mesma sessão)", observou durante a tarde um profissional da mesa de câmbio de um grande banco.

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