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Dólar passa a cair com expectativas de fluxo externo

Nesta segunda-feira, a demanda pelas notas não-securitizadas de 10 anos da Brasil Telecom superou US$ 6,3 bilhões, e os livros já foram fechados

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 13h44.

São Paulo - O dólar apagou os ganhos registrados mais cedo nesta segunda-feira e passava a ser operado com leve baixa, diante das expectativas de mais entradas de moeda estrangeira no país, amparadas pelas emissões externas de várias empresas brasileiras feitas recentamente e pelo surpreendente resultado do leilão de aeroportos.

Às 14h10 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era negociada a 1,7127 real para venda, em baixa de 0,26 por cento e na mínima do dia . Mais cedo, a divisa atingiu a máxima de 1,7358 real. "Há uma montanha de dinheiro entrando no país", afirmou o diretor de câmbio da Pionner Corretora, João Medeiros.

Entre diversas emissões, o diretor lembrou as captações externas da Petrobras, do Grupo Virgolino, do frigorífico Minerva e da Brasil Telecom. Nesta segunda-feira, a demanda pelas notas não-securitizadas de 10 anos da Brasil Telecom superou 6,3 bilhões de dólares, e os livros já foram fechados, informou o IFR, serviço de notícias da Thomson Reuters.

A expectativa é de que a emissão possa atingir 1 bilhão de dólares. O diretor citou também o resultado do leilão de aeroportos, realizado nesta segunda-feira, como outro motivo para a desaceleração do dólar. "Na sessão de hoje, o leilão dos aeroportos funcionou como um resultado interessante, pois mostra que o Brasil continua sendo um pólo de atração", disse Medeiros.

Grupos nacionais e estrangeiros vão desembolsar 24,5 bilhões de reais para assumir o comando de três dos maiores aeroportos do Brasil, quase cinco vezes o valor mínimo de 5,5 bilhões de reais que o governo pedia pelo controle dos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

Diante do movimento de valorização do real, o Banco Central voltou a atuar no mercado na última sexta-feira, ao anunciar um leilão de compra da moeda norte-americana a termo. Por enquanto, nesta segunda-feira, a autoridade monetária não voltou ao mercado. (Por Natália Cacioli; Edição de Patrícia Duarte)

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