Dólar comercial abre em queda de 0,18%, a R$ 1,665

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,665 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana avançou 0,12% e foi cotada a R$ 1,668 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,17%, a R$ 1,6651.

Nesta manhã, o euro consegue recuperar a marca de US$ 1,35, mesmo com os dados do produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e das principais economias da região mostrarem menos vigor que o esperado. No Brasil, foram anunciados os números do varejo em dezembro. Embora os dados sejam bons, eles ficaram no piso das projeções e podem contribuir para acalmar as expectativas de inflação.

Ao longo do dia, outro ponto a ser observado é a discussão em torno da definição do salário mínimo. O governo está sustentando sua proposta de R$ 545, o que atinge diretamente o mercado de juros, mas tem efeitos secundários no câmbio. A avaliação de que o Brasil continua sendo um bom lugar para se investir é primordial: as expectativas de fluxo positivo permanecem, assim como a percepção de que o caminho natural é a valorização do real. Fica nas mãos do Banco Central (BC) e do comportamento da moeda norte-americana no exterior a possibilidade de mudanças na trajetória do dólar no Brasil.

Hoje, os indicadores externos devem ter mais peso para o mercado. A maior possibilidade de alteração de rumo surge a partir das 11h30 (horário de Brasília), quando começam a ser anunciados os indicadores dos Estados Unidos. O Departamento do Comércio divulga as vendas no varejo de janeiro e a unidade de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anuncia o índice de atividade industrial regional Empire State de fevereiro.

O Departamento do Trabalho também divulga hoje o índice de preços das importações de janeiro. Às 12 horas, o Departamento do Tesouro informa o fluxo líquido de capitais de dezembro nos EUA. Às 13 horas, serão conhecidos os estoques das empresas em dezembro e o índice de atividade das construtoras de casas em fevereiro.