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Dólar cai pela 5ª semana seguida por causa de Bolsonaro e cenário exterior

A moeda norte-americana ficou 10,85% mais barata no período de pouco mais de um mês

Dólar: moeda recuou 0,28%, a R$ 3,7147 na venda, acumulando, na semana, baixa de 1,70% (Hafidz Mubarak/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 17h20.

São Paulo - Após breve correção na véspera, o dólar voltou a fechar em queda ante o real, ajudado pelo cenário favorável a divisas emergentes no exterior e ainda sob influência do otimismo com a eleição presidencial doméstica, que também garantiu a quinta semana seguida em baixa. O dólar recuou 0,28 por cento, a 3,7147 reais na venda, acumulando, na semana, baixa de 1,70 por cento.

A moeda norte-americana fechou as últimas cinco semanas em baixa, período em que o dólar ficou 10,85 por cento mais barato em reais. No movimento de correção da véspera, a moeda havia subido 1,16 por cento, a 3,7250 reais.

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Na mínima da sessão, o dólar chegou a ultrapassar 1 por cento de retração, a 3,6878 reais. Na máxima, foi a 3,7272 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,3 por cento.

"Há potencial para o dólar cair mais e beliscar os 3,50 reais com as eleições, dependendo dos nomes da equipe técnica" do futuro presidente, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Levantamento Datafolha divulgado na véspera mostrou que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tem 59 por cento dos votos válidos, contra 41 por cento do petista Fernando Haddad, ratificando um cenário apontado por outras pesquisas desde o primeiro turno.

Ainda segundo o instituto, Haddad apresenta uma taxa de rejeição de 54 por cento, enquanto Bolsonaro tem 41 por cento.

Levantamento da XP Investimentos divulgado nesta sessão também confirmam a dianteira de Bolsonaro, com Bolsonaro 16 pontos à frente de Haddad.

O mercado vê com bons olhos os resultados das pesquisas uma vez que considera que o candidato com mais chances de implementar uma agenda reformista seria Bolsonaro (PSL), devido principalmente à sua escolha de Paulo Guedes como principal assessor econômico.

No exterior, o dólar recuava ante a cesta de moedas e boa parte das divisas de países emergentes, como o rublo russo . O movimento do governo chinês para acalmar o mercado após dados mais fracos do país tinha efeito sobre os emergentes.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,390 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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