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Dólar cai mais de 2% ante real, de olho em política local

Às 13:10, o dólar recuava 2,15 por cento, a 3,7279 reais na venda, após atingir 3,7268 reais na mínima da sessão

Dólar: às 13:10, o dólar recuava 2,15 por cento, a 3,7279 reais na venda, após atingir 3,7268 reais na mínima da sessão (Adam Gault/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 12h22.

São Paulo - O dólar recuava mais de 2 por cento sobre o real nesta quarta-feira, com investidores recebendo bem a rejeição da chapa governista na eleição dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff .

O bom humor permanecia mesmo depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspender temporariamente a formação da comissão. Forte entrada de investidores estrangeiros no mercado, no início da tarde, ajudou a ampliar o movimento de queda.

Às 13:10, o dólar recuava 2,15 por cento, a 3,7279 reais na venda, após atingir 3,7268 reais na mínima da sessão.

"O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa. "Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta".

Na véspera, o governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, com a rejeição da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.

Mesmo a suspensão da formação da comissão pelo STF não era forte o suficiente para evitar a queda do dólar, pois a maioria dos operadores acreditava que o processo de impeachment deve ser retomado normalmente em seguida.

"O país vai ficar parado por uma semana e isso é ruim. Mas, ao que tudo indica, é só um atraso", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de Fachin ter determinado a suspensão da medida da Câmara até decisão do plenário do STF, prevista para 16 de dezembro.

O mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica.

No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal e até provocar a perda do selo de bom pagador do país por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

A queda do dólar ganhou força na hora do almoço, reagindo a um fluxo de entrada de investidores estrangeiros em sintonia com a abertura de Wall Street, segundo operadores.

O movimento dá continuidade à tendência recente de fluxo, após o Brasil registrar em novembro entrada líquida de 3,895 bilhões de dólares, melhor resultado mensal desde agosto.

Pela manhã, o BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 3,828 bilhões de dólares, ou cerca de 36 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares.

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São Paulo - O dólar recuava mais de 2 por cento sobre o real nesta quarta-feira, com investidores recebendo bem a rejeição da chapa governista na eleição dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff .

O bom humor permanecia mesmo depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspender temporariamente a formação da comissão. Forte entrada de investidores estrangeiros no mercado, no início da tarde, ajudou a ampliar o movimento de queda.

Às 13:10, o dólar recuava 2,15 por cento, a 3,7279 reais na venda, após atingir 3,7268 reais na mínima da sessão.

"O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa. "Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta".

Na véspera, o governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, com a rejeição da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.

Mesmo a suspensão da formação da comissão pelo STF não era forte o suficiente para evitar a queda do dólar, pois a maioria dos operadores acreditava que o processo de impeachment deve ser retomado normalmente em seguida.

"O país vai ficar parado por uma semana e isso é ruim. Mas, ao que tudo indica, é só um atraso", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de Fachin ter determinado a suspensão da medida da Câmara até decisão do plenário do STF, prevista para 16 de dezembro.

O mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica.

No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal e até provocar a perda do selo de bom pagador do país por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

A queda do dólar ganhou força na hora do almoço, reagindo a um fluxo de entrada de investidores estrangeiros em sintonia com a abertura de Wall Street, segundo operadores.

O movimento dá continuidade à tendência recente de fluxo, após o Brasil registrar em novembro entrada líquida de 3,895 bilhões de dólares, melhor resultado mensal desde agosto.

Pela manhã, o BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 3,828 bilhões de dólares, ou cerca de 36 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares.

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