Dólar cai com certo alívio sobre alta de juros nos EUA
Às 11:05, o dólar recuava 0,50 por cento, a 3,2481 reais na venda, após bater 3,2692 reais na máxima do dia
Reuters
Publicado em 9 de março de 2018 às 11h28.
São Paulo - O dólar recuava frente ao real nesta sexta-feira, com os investidores respirando um pouco mais aliviados após novos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos aliviarem temores de que os juros poderiam subir com mais força na maior economia do mundo.
Às 11:05, o dólar recuava 0,50 por cento, a 3,2481 reais na venda, após bater 3,2692 reais na máxima do dia. Na véspera, a moeda norte-americana fechou com alta de 0,63 por cento.
O dólar futuro tinha queda de 0,67 por cento.
"Aparentemente, os investidores estrangeiros não vão sair daqui (mercados brasileiros)", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.
Nesta manhã, foi divulgado que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos saltou em fevereiro, no maior aumento em mais de um ano e meio, mas a desaceleração nos ganhos salariais apontou para aumento gradual da inflação este ano.
Isso ajudava a trazer certo alívio nas visões de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai elevar os juros mais rápido do que o previsto. Juros maiores nos Estados Unidos tendem a atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como o Brasil.
O Fed indica, até agora, que deve elevar as taxas de juros três vezes neste ano, com amplas apostas dos agentes econômicos de que o primeiro movimento ocorrerá neste mês. Dados econômicos recentes dos Estados Unidos vieram mais fortes que o esperado, alimentando temores de que os juros poderiam subir mais rápido e não mais em ritmo "gradual" indicado pela autoridade monetária.
No exterior, o dólar tinha leves variações sobre uma cesta de moedas e recuava frente a moeda de países emergentes, como o peso chileno.
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção para o mercado cambial nesta sessão, por enquanto. Em abril, vencem 9,029 bilhões de dólares em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.