Por Márcio Rodrigues

São Paulo - Com a retomada do apetite pelo risco, influenciada principalmente pelo resultado positivo do leilão de bônus de Portugal, o dólar registrou desvalorização ante boa parte das moedas de outros países e no Brasil não foi diferente. O dólar comercial foi negociado em queda no mercado interbancário de câmbio durante todo o dia e fechou a R$ 1,676, baixa de 0,65% no dia. Na taxa mínima registrada durante os negócios, o dólar cedeu a R$ 1,675 (-0,71%). Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista também registrou queda, cotado a R$ 1,6763 (-0,69%) no fechamento do pregão. O euro comercial subiu 0,59% para R$ 2,20.

No único leilão de compra de dólares feito na hora final de operações à vista, o Banco Central definiu a taxa de corte das propostas em R$ 1,6758. O BC também informou que o fluxo cambial na primeira semana de janeiro foi positivo em US$ 4,099 bilhões. No período, a autoridade monetária comprou quase US$ 1,4 bilhão.

"O cenário externo guiou os negócios no mercado de câmbio doméstico. O apetite por risco cresceu muito depois do resultado positivo do leilão de títulos de Portugal. Além disso, criou-se uma expectativa muito grande para o leilão de bônus da Espanha, amanhã", analisa um operador de um grande banco.

No exterior, o tom otimista que tomou conta das bolsas de valores e impulsionou as commodities veio da Europa. Portugal conseguiu vender 1,249 bilhão de euros em bônus do governo no leilão realizado pela manhã - praticamente todo o volume pretendido, que era de até 1,25 bilhão de euros. A produção industrial da zona do euro também agradou, ao crescer 1,2% em novembro de 2010, na comparação com outubro, informou a Eurostat. O avanço foi maior do que o de 0,5% previsto pelos economistas ouvidos pela Dow Jones.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar caiu 0,34% hoje para R$ 1,777 na ponta de venda e R$ 1,667 na compra. O euro turismo subiu 0,69% para R$ 2,323 (venda) e R$ 2,19 (compra).