Exame Logo

Dólar amplia alta e supera R$2,61 com piora em humor externo

Preços do petróleo renovam mínimas em cinco anos; mercado aguarda ações concretas de equipe econômica

Operadores na Bovespa: nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 14h20.

O dólar ampliava a alta nesta quarta-feira e superava os 2,61 reais, refletindo o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais em meio à queda dos preços do petróleo , que levava a commodity às mínimas em cinco anos.

No cenário interno, o mercado também reflete as incertezas sobre quais medidas serão adotadas pela nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff e o futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio.

Às 14h45, a moeda norte-americana subia 0,63 por cento, a 2,6145 reais na venda, após cair 0,51 por cento na véspera. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 560 milhões de dólares.

A divisa tem enfrentado dificuldades para se firmar acima de 2,60 reais, patamar que analistas identificam como uma resistência no curto prazo.

"O humor lá fora piorou um pouco com essa queda dos preços do petróleo. O investidor assustou e desmontou posições em ativos mais arriscados, como o real", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O petróleo Brent caiu abaixo de 65 dólares por barril nesta quarta-feira devido a crescentes sinais de excesso de oferta e demanda fraca, acumulando perdas de mais de 40 por cento desde junho.

A queda da commodity mantinha as bolsas em queda nos EUA e reduzia os rendimentos dos Treasuries, com investidores buscando proteção na dívida soberana norte-americana.

No Brasil, o dólar ampliou os ganhos, após mostrar variações pequenas na primeira parte do pregão em meio à incerteza sobre a política econômica.

A nova equipe econômica --encabeçada por Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no BC-- agradou investidores, que viram nos nomes sinais de mais ortodoxia na condução da política econômica.

Agora, buscam entender quais ações concretas serão tomadas para enfrentar o quadro de inflação alta e crescimento baixo.

Os holofotes estão voltados principalmente para as contas públicas, com dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a nova meta de superávit primário de 2015, equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O mercado também continua à espera de sinais sobre o futuro das atuações diárias do BC no câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim deste ano.

Tombini já havia dito que o atual estoque de swap, equivalente a pouco mais de 100 bilhões de dólares, atendia a demanda do mercado, abrindo espaço para especulações de que o programa pode ser reduzido.

Na véspera, o presidente do BC afirmou que a autoridade monetária tem mais duas semanas para monitorar o programa e então tomar sua decisão.

"Teremos uma resposta sobre o programa do BC em alguns dias. Pelo jeito, já está no preço que ele vai diminuir, mas se o BC parar com os leilões diários deve haver uma reação mais forte", disse o operador de uma corretora internacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas rações diárias.

Foram vendidos 3,1 mil contratos para 1º de junho e 900 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 198,3 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 9,827 bilhões de dólares.

Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 40 por cento do lote total.

Veja também

O dólar ampliava a alta nesta quarta-feira e superava os 2,61 reais, refletindo o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais em meio à queda dos preços do petróleo , que levava a commodity às mínimas em cinco anos.

No cenário interno, o mercado também reflete as incertezas sobre quais medidas serão adotadas pela nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff e o futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio.

Às 14h45, a moeda norte-americana subia 0,63 por cento, a 2,6145 reais na venda, após cair 0,51 por cento na véspera. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 560 milhões de dólares.

A divisa tem enfrentado dificuldades para se firmar acima de 2,60 reais, patamar que analistas identificam como uma resistência no curto prazo.

"O humor lá fora piorou um pouco com essa queda dos preços do petróleo. O investidor assustou e desmontou posições em ativos mais arriscados, como o real", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O petróleo Brent caiu abaixo de 65 dólares por barril nesta quarta-feira devido a crescentes sinais de excesso de oferta e demanda fraca, acumulando perdas de mais de 40 por cento desde junho.

A queda da commodity mantinha as bolsas em queda nos EUA e reduzia os rendimentos dos Treasuries, com investidores buscando proteção na dívida soberana norte-americana.

No Brasil, o dólar ampliou os ganhos, após mostrar variações pequenas na primeira parte do pregão em meio à incerteza sobre a política econômica.

A nova equipe econômica --encabeçada por Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no BC-- agradou investidores, que viram nos nomes sinais de mais ortodoxia na condução da política econômica.

Agora, buscam entender quais ações concretas serão tomadas para enfrentar o quadro de inflação alta e crescimento baixo.

Os holofotes estão voltados principalmente para as contas públicas, com dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a nova meta de superávit primário de 2015, equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O mercado também continua à espera de sinais sobre o futuro das atuações diárias do BC no câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim deste ano.

Tombini já havia dito que o atual estoque de swap, equivalente a pouco mais de 100 bilhões de dólares, atendia a demanda do mercado, abrindo espaço para especulações de que o programa pode ser reduzido.

Na véspera, o presidente do BC afirmou que a autoridade monetária tem mais duas semanas para monitorar o programa e então tomar sua decisão.

"Teremos uma resposta sobre o programa do BC em alguns dias. Pelo jeito, já está no preço que ele vai diminuir, mas se o BC parar com os leilões diários deve haver uma reação mais forte", disse o operador de uma corretora internacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas rações diárias.

Foram vendidos 3,1 mil contratos para 1º de junho e 900 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 198,3 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 9,827 bilhões de dólares.

Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 40 por cento do lote total.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEnergiaMoedasPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame