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Dólar à vista cai 0,20%, em linha com o exterior

Mercado ficou atento a expectativas quanto a um pronunciamento de Bernanke, presidente do Fed, que ocorrerá mais tarde nesta segunda-feira

Dólar: a divisa norte-americana encerrou as negociações desta segunda-feira com desvalorização de 0,20% (Images of Money / Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 16h59.

São Paulo - O dólar abriu a segunda-feira em declínio e permaneceu nesta trajetória na maior parte do dia, acompanhando o recuo da moeda americana no exterior ante divisas de elevada correlação com os preços das commodities. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 2,032, com queda de 0,20%, no mercado à vista de balcão.

Há expectativa entre os investidores em torno do pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, à noite. O dia ainda contou com pronunciamentos de diversos representantes do Fed e do presidente dos EUA, Barack Obama.

No período da tarde, o dólar renovou a mínima da sessão na esteira do pronunciamento do presidente do Fed de São Francisco, John Williams, dizendo "vamos manter as taxas baixas o tempo que for necessário para promover recuperação e nos aproximar de nossas metas de máximo emprego e estabilidade de preços".

Na sequência, o dólar devolveu parte do recuo. "Este compasso de espera tem a ver também com Bernanke. Por aqui, a balança (comercial) veio deficitária, enquanto a inflação sobe", citou um estrategista. "Para a autoridade brasileira, está ótimo se o dólar cair", afirmou.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira já acumula um saldo negativo de US$ 978 milhões desde o início do ano. Ainda, os números mostraram que a alta das importações é praticamente o dobro das exportações no ano até a segunda semana do mês.


O giro financeiro na clearing esteve magro na maior parte do dia, ganhou alguma tração ao longo da sessão e marcava US$ 1,678 bilhão (US$ 1,394 bilhão) pouco depois das 16 horas. Na cotação máxima no mercado à vista de balcão, o dólar tocou R$ 2,036 e chegou a R$ 2,031 na mínima. Na BM&F, o dólar pronto fechou cotado a R$ 2,0305, com recuo de 0,37% e dois negócios (dados preliminares). Em torno do mesmo horário, o dólar para fevereiro caia 0,10%, cotado a R$ 2,0385.

Perto das 16 horas, o dólar americano recuava 0,21% ante o dólar australiano e perdia 0,39% ante o neozelandês. O dólar Index, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas, estava em queda de 0,06%.

O Ibovespa em alta, em grande parte desta segunda-feira, também favoreceu um dólar em declínio, citou um outro estrategista.

A pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, mostrou inflação mais elevada e redução nas projeções de crescimento da economia em 2013. Tal cenário reforça a percepção dos agentes financeiros de que um dólar mais enfraquecido é do interesse da autoridade monetária para o controle de preços.

Na Focus, a projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 subiu pela segunda semana consecutiva, de 5,49% para 5,53%, enquanto a previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 recuou de 3,26% para 3,20%. Ainda de acordo com a pesquisa Focus, a mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 passou de R$ 2,08, mesmo valor projetado quatro semanas antes, para R$ 2,07. Para o fim de 2014, segue em R$ 2,05.

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Há expectativa entre os investidores em torno do pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, à noite. O dia ainda contou com pronunciamentos de diversos representantes do Fed e do presidente dos EUA, Barack Obama.

No período da tarde, o dólar renovou a mínima da sessão na esteira do pronunciamento do presidente do Fed de São Francisco, John Williams, dizendo "vamos manter as taxas baixas o tempo que for necessário para promover recuperação e nos aproximar de nossas metas de máximo emprego e estabilidade de preços".

Na sequência, o dólar devolveu parte do recuo. "Este compasso de espera tem a ver também com Bernanke. Por aqui, a balança (comercial) veio deficitária, enquanto a inflação sobe", citou um estrategista. "Para a autoridade brasileira, está ótimo se o dólar cair", afirmou.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira já acumula um saldo negativo de US$ 978 milhões desde o início do ano. Ainda, os números mostraram que a alta das importações é praticamente o dobro das exportações no ano até a segunda semana do mês.


O giro financeiro na clearing esteve magro na maior parte do dia, ganhou alguma tração ao longo da sessão e marcava US$ 1,678 bilhão (US$ 1,394 bilhão) pouco depois das 16 horas. Na cotação máxima no mercado à vista de balcão, o dólar tocou R$ 2,036 e chegou a R$ 2,031 na mínima. Na BM&F, o dólar pronto fechou cotado a R$ 2,0305, com recuo de 0,37% e dois negócios (dados preliminares). Em torno do mesmo horário, o dólar para fevereiro caia 0,10%, cotado a R$ 2,0385.

Perto das 16 horas, o dólar americano recuava 0,21% ante o dólar australiano e perdia 0,39% ante o neozelandês. O dólar Index, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas, estava em queda de 0,06%.

O Ibovespa em alta, em grande parte desta segunda-feira, também favoreceu um dólar em declínio, citou um outro estrategista.

A pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, mostrou inflação mais elevada e redução nas projeções de crescimento da economia em 2013. Tal cenário reforça a percepção dos agentes financeiros de que um dólar mais enfraquecido é do interesse da autoridade monetária para o controle de preços.

Na Focus, a projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 subiu pela segunda semana consecutiva, de 5,49% para 5,53%, enquanto a previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 recuou de 3,26% para 3,20%. Ainda de acordo com a pesquisa Focus, a mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 passou de R$ 2,08, mesmo valor projetado quatro semanas antes, para R$ 2,07. Para o fim de 2014, segue em R$ 2,05.

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