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Contratos de Ibovespa futuro continuam na BM&F

Instituição afirma que relação com a Bovespa é de colaboração e que não há intenção de iniciar uma competição predatória

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 11h02.

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) enviou nesta sexta-feira (18/1) uma carta aos seus acionistas contestando a possibilidade de a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) suspender neste ano o acordo para negociação de contratos de Ibovespa futuro. A questão vinha sendo levantada pelos analistas, que previam uma queda de 6% nas receitas da BM&F caso isso acontecesse.

De acordo com a BM&F, "a relação entre a BM&F e a Bovespa é de plena colaboração, e não existe nenhuma intenção em iniciar uma competição predatória com aquela entidade". A afirmação rebate também a avaliação de alguns analistas que prevêem dois possíveis cenários para as bolsas brasileiras: fusão ou aumento da competitividade.

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Em relatório divulgado ontem, o banco de investimentos Morgan Stanley diz que "a BM&F apresenta grande competitividade, com lucros crescentes e potencial para fusão com outra bolsa brasileira". A BMF, no entanto, destaca que "a Bovespa tem a prerrogativa de desenvolver quaisquer derivativos sobre equities, assim como a BM&F de explorar o cash market desses mercados. Entretanto, o objetivo da BM&F é desenvolver suas possibilidades de negócios dentro do campo de atuação que tem explorado desde o início de suas atividades". Como exemplo disso, a BM&F informa que está preparando o lançamento do contrato futuro de índice Brazil Titans 20, desenvolvido e calculado pela Dow Jones.

A questão sobre redução nos resultados em função da crise das hipotecas nos Estados Unidos também foi levantada na carta. Segundo a BM&F, ainda não há necessidade de revisão das projeções para 2008, já que a atual retração dos negócios não tem influenciado os resultados da companhia na mesma proporção. "Situações como essas foram enfrentadas inúmeras vezes pela BM&F, quando também se verificaram impactos negativos substanciais nos volumes operados. Acreditamos que, assim como das outras vezes, os negócios voltarão aos níveis normais", afirma a Bolsa.

Novidades

Dentre os projetos em desenvolvimento pela BM&F e que devem entrar em operação ainda neste ano está a nova plataforma de negociação, que permitirá à bolsa brasileira distribuir seus produtos por meio do Globex, a maior rede de negociação eletrônica do mundo. Pertencente ao CME Group, o Globex está presente em mais de 80 países e que supera a marca de 100.000 terminais.

Para o segundo trimestre está prevista a estréia da plataforma eletrônica de negociação de dólar pronto - modalidade de venda à vista da moeda americana com entrega imediata. O sistema está sendo desenvolvido em conjunto com a Febraban e o Banco Central.

Além disso, a BM&F pretende implantar "o mais brevemente possível" um sistema para derivativos de balcão que, segundo a Bolsa, vai baratear o custo do hedge para empresas e instituições financeiras.

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