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Brookfield avança com expectativa de redução da taxa de juro

Ações da empresa chegaram a subir 7% e alcançaram o maior patamar em um mês

Empreendimento da Brookfield: expectativa de queda dos juros fez as ações subirem (Germano Lüders/EXAME)

Empreendimento da Brookfield: expectativa de queda dos juros fez as ações subirem (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 19h16.

Nova York - A Brookfield Incorporações SA, quarta maior empresa do setor imobiliário brasileiro em receita, chegou à maior cotação em um mês com a expectativa de que o Banco Central comece a reduzir juros, o que beneficiaria as empresas do setor.

A Brookfield subia 5,9 por cento às 16:40, para R$ 7, depois de subir 7 por cento mais cedo, atingindo a maior cotação desde 1 de agosto. O Ibovespa avançava 1,5 por cento no mesmo horário.

A ação da companhia ganhou 33 por cento desde 8 de agosto, na medida em que apostas em um corte na taxa básica de juros ganharam força no mercado. A expectativa de que a autoridade monetária comece a cortar a Selic ainda hoje foi reforçada pela divulgação da produção industrial de julho esta manhã, que mostrou uma alta menor que a esperada pelos economistas.

“As empresas do setor imobiliário têm sido excessivamente castigadas. E com o sentimento sobre o Brasil mudando por causa da taxa de juros, a Brookfield e outras empresas do setor passaram a subir”, disse Marcello Milman, analista do Banco BTG Pactual SA, em entrevista por telefone de São Paulo.

Milman tem recomendação de “compra” para a empresa e preço alvo de R$ 9 em 12 meses. A Brookfield registrou um lucro líquido de R$ 78,2 milhões no segundo trimestre, uma alta de 27 por cento sobre o mesmo período do ano anterior.

A empresa reduziu este mês sua previsão para lançamentos no ano para não mais que R$ 4,2 bilhões, ante estimativa anterior de até R$ 5,25 bilhões. A Brookfield também cortou a projeção de lançamentos para 2012 para a faixa entre R$ 4,25 bilhões e R$ 4,75 bilhões. A estimativa anterior era de até R$ 5,75 bilhões.

O Índice Índice Imobiliário da BM&FBovespa também atingiu o maior nível em um mês ao avançar 2,5 por cento. A PDG Realty SA Empreendimentos & Participações, maior empresa do setor imobiliários do Brasil em receitas, subia 2,1 por cento, a R$ 7,71, e a Rossi Residencial SA tinha alta de 3,4 por cento, para R$ 12,32.

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