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Bovespa vira para o negativo após abertura em NY

O pessimismo acabou levando o índice à vista para o negativo

Bovespa: às 10h50, o Ibovespa exibia queda de 0,24% (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 11h56.

São Paulo - A Bovespa até tentou dar continuidade à trajetória de ganhos de sexta-feira, 18, mas o pessimismo externou acabou levando o índice à vista para o negativo.

A virada foi mais evidente após a abertura em Wall Street, às 10h30, onde os investidores adotam uma postura mais defensiva diante da agenda fraca e da escalada das tensões geopolíticas no leste ucraniano e no Oriente Médio no fim de semana.

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Às 10h50, o Ibovespa exibia queda de 0,24%, aos 56.877,51 pontos, na mínima, neste dia de vencimento de opções sobre ações.

Por outro lado, a pesquisa do Instituto Sensus, que confirmou a chance de empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) em um eventual segundo turno das eleições, ajuda a limitar as perdas da Bolsa paulista.

Conforme a sondagem, divulgada no sábado, Dilma sofreu uma oscilação dentro da margem de erro, de 32,2% das intenções em junho para 31,6% agora, enquanto Aécio oscilou de 21,5% para 21,1%.

Em Wall Street, o Dow Jones tem queda de 0,41%, o S&P 500 recua 0,31% e o Nasdaq, registra baixa de 0,30%. A agenda é esvaziada e o destaque fica por conta do balanço da Netflix, após o fechamento do mercado.

Os principais indicadores da semana começam a ser divulgados somente a partir de amanhã, com a inflação de junho, seguida nos próximos dias por dados do setor imobiliário e dos pedidos de bens duráveis.

Por enquanto, não estão previstas apresentações de dirigentes do Federal Reserve nesta semana.

Na Europa, as principais praças acionárias operam no vermelho. No fim de semana, na Faixa de Gaza, a ofensiva israelense resultou no dia mais violento desde o início da operação terrestre contra o território palestino, ao passo que na Ucrânia, líderes europeus pediram mais sanções contra a Rússia, dizendo que Moscou não tem feito o suficiente para resolver o conflito com Kiev.

Rebeldes separatistas pró-Rússia são acusados de estarem restringindo o movimento das equipes de resgate no local da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, na semana passada.

No mercado de câmbio doméstico, o dólar segue em baixa ante o real, dando continuidade ao movimento de desvalorização visto no fim da semana passada. A mais recente pesquisa eleitoral, da Sensus, é apontada por operadores como principal indutor desse ajuste de queda.

Por volta das 11h, a moeda norte-americana recuava 0,09% no balcão, negociada a R$ 2,2280, enquanto na BM&FBovespa o dólar futuro para agosto operava estável, cotado a R$ 2,2355.

Nos juros futuros, a pesquisa do Sensus confirmando o empate técnico entre Dilma e Aécio no segundo turno apagou o ligeiro viés de alta que prevalecia na curva a termo e embute uma devolução de prêmios nos vértices intermediários e longos.

As taxas curtas, por sua vez, têm um ligeiro ajuste para cima, após fontes da equipe econômica ouvidas na imprensa nacional sinalizarem certo "exagero" na interpretação de parte do mercado financeiro quanto à repetição, pelo Copom, do comunicado nas duas últimas reuniões de política monetária.

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