A saída de Jurgen Stark agitou o mercado nesta sexta-feira (Aris Messinis/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 17h54.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo replicou aqui o comportamento das bolsas internacionais e registrou forte perda, anulando o ganho acumulado no mês até ontem. As preocupações sobre a situação da Europa se renovaram após uma série de eventos, assim como a dos EUA, mesmo depois do pacote bilionário para estimular o mercado de trabalho anunciado ontem por Barack Obama.
O índice Bovespa terminou o dia em baixa de 3,20%, aos 55.778,39 pontos. Na semana, acumulou perda de 1,33%, no mês, de 1,27%, e no ano, de 19,52%. Na mínima do dia deste pregão, registrou 55.528 pontos (-3,64%), e, na máxima, atingiu os 57.614 pontos (-0,02%). O volume financeiro totalizou R$ 5,307 bilhões. Os dados são preliminares.
O mau humor teve seu epicentro na Europa. Os investidores não gostaram principalmente de saber que o representante da Alemanha no Banco Central Europeu (BCE), Juergen Stark, vai deixar o cargo no final do ano. A avaliação é de que o país perdeu a fé nas ações do banco central do bloco econômico para conter a crise. Outro foco de incerteza veio da notícia de que a Alemanha também não está considerando nenhuma espécie de plano B para ajudar as instituições financeiras do país caso a Grécia anuncie a moratória. Esta hipótese é cogitada para o final de semana, embora o país tenha rechaçado este boato que correu nos mercados. As bolsas europeias tiveram perdas entre 2% e quase 5%.
Em Wall Street, O Dow Jones terminou o dia em baixa de 2,69%, aos 10.992,13 pontos, o S&P-500 recuou 2,67%, aos 1.154,23 pontos, e o Nasdaq perdeu 2,42%, aos 2.467,99 pontos. Na semana, as bolsas recuaram, respectivamente, 2,20%, 1,68% e 0,49%.
Os investidores não se deixaram seduzir pelo plano de US$ 447 bilhões anunciado ontem por Obama - ante previsão de US$ 300 bilhões - para estimular o mercado de trabalho.
No Brasil, Petrobras ON caiu 3,38%, Petrobrás PN, -2,47%, Vale ON, -1,54%, Vale PNA, -1,16%. Na Nymex, o contrato do petróleo para agosto recuou 2,03% mais barato, a US$ 87,24 o barril.