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Bovespa abre perto da estabilidade de olho nos EUA

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje perto da estabilidade, à espera dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll), a serem anunciados às 11h30 (horário de Brasília). Caso os números oficiais confirmem as projeções de criação de ao menos 150 […]

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 10h12.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje perto da estabilidade, à espera dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll), a serem anunciados às 11h30 (horário de Brasília). Caso os números oficiais confirmem as projeções de criação de ao menos 150 mil vagas no último mês, reduzindo a taxa de desemprego para 9,7%, os investidores podem inverter o sinal negativo que prevalece nos negócios globais nesta manhã. Ao mesmo tempo, uma decepção com os dados deve abrir espaço para uma realização de lucros mais forte que a observada ontem. Às 11h02 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,02%, aos 70.595 pontos.

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"O payroll deve definir o rumo dos negócios hoje", afirma o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Para ele, os mercados internacionais mantêm o otimismo quanto a uma recuperação mais firme da economia norte-americana em 2011 e esse sentimento tem sustentado um viés positivo nos negócios. "Mas é preciso combustível para subir", ressalta. Ele acrescentou que as bolsas ao redor do mundo podem sentir uma pressão vendedora mais intensa, caso o relatório do mercado de trabalho no país venha bem abaixo do esperado.

Às 18 horas, serão anunciados os dados referentes ao crédito ao consumidor nos Estados Unidos em novembro. Entre outros eventos de relevância, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, participa, a partir das 12h30, de uma audiência da Comissão do Orçamento do Senado, onde fala sobre a perspectiva para a economia do país.

No Brasil, as ações dos bancos ainda podem sentir os efeitos da mais recente medida do Banco Central (BC) para conter a queda do dólar ante o real, anunciada ontem. Ao mesmo tempo, crescem as chances de a autoridade monetária alongar o período para o orçamento total da elevação da taxa básica de juros (Selic) neste ano. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 0,63% ante alta de 0,83% em novembro. O índice fechou 2010 em 5,91%, bem acima do centro da meta da inflação para o ano, de 4,5%.

Outro destaque vai para as ações da Vale. As ações da mineradora podem reagir negativamente à notícia divulgada na imprensa nacional de que em março o presidente da companhia, Roger Agnelli, não terá o seu mandato renovado. Segundo a reportagem, o sentimento dos sócios é o de que Agnelli já esgotou um ciclo na mineradora, mas a sucessão deve ser feita dentro de um processo normal e apartidário, com uma grande preocupação dos acionistas da companhia de que a decisão não seja politizada. Em relatório, a equipe de analistas da UM Investimentos comenta que a notícia pode trazer um pouco mais de volatilidade e pressão às ações da companhia, "podendo, assim, afetar o desempenho do Ibovespa".

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