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Bovespa abre em baixa com sinais negativos externos

São Paulo - O recente rali da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve ser testado hoje. Nas últimas seis sessões, o índice Bovespa (Ibovespa) acumulou ganhos de 4,16% e retomou o nível dos 71 mil pontos, recuperando o patamar de antes da crise, o que convida os investidores a uma realização de lucros, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O recente rali da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve ser testado hoje. Nas últimas seis sessões, o índice Bovespa (Ibovespa) acumulou ganhos de 4,16% e retomou o nível dos 71 mil pontos, recuperando o patamar de antes da crise, o que convida os investidores a uma realização de lucros, sobretudo diante de uma agenda econômica fraca hoje e dos sinais negativos vindos dos índices futuros de Nova York. Às 10h10, o Ibovespa caía 0,49%, aos 70.940 pontos.

Em Wall Street, os mercados também apresentam sequência de altas, com o Dow Jones próximo dos 11 mil pontos, após avançar por cinco semanas consecutivas e retomar o nível de setembro de 2008, mas ainda pós-quebra do Lehman Brothers. Segundo operadores, a tendência é de que os investidores deem um passo para trás, com muitas ações encostando ou já situando-se acima do valor considerado justo no atual cenário de recuperação econômica nos EUA. Os investidores estão à espera apenas da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que sai no meio da tarde.

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Na Europa, as bolsas operam sem direção firme, com a Grécia voltando a enfraquecer os mercados. Relatos de que o país gostaria de evitar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fizesse parte do pacote de ajuda financeira elaborado junto com a União Europeia no mês passado pesam. A informação, porém, foi negada por uma autoridade grega, mas isso não foi suficiente para acalmar os investidores.

A contrapartida para a Bolsa, porém, pode vir das commodities. Enquanto o petróleo negociado em Nova York oscila, mas sustenta-se acima dos US$ 86 por barril, na maior cotação desde outubro de 2008, o cobre superou a marca de US$ 8 mil por tonelada métrica em Londres, dando continuidade à sua escalada recente.

O fôlego das matérias-primas pode limitar o embolso de ganhos por parte dos investidores na Bovespa, principalmente em meio à disputa entre mineradoras e siderúrgicas sobre o reajuste do minério de ferro. Hoje, a Vale pediu à Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, que investigue as siderúrgicas do continente por prática de concorrência desleal, com a qual a indústria europeia do aço estaria orquestrando, de forma ilegal, uma forte campanha contra as três principais mineradoras do mundo. Ontem, uma fonte próxima às negociações do reajuste disse que o indexador de preços que será utilizado pela Vale será a média de três meses do custo do minério de ferro no mercado à vista chinês.

Já a Petrobras informou na noite de ontem que registrou volume recorde de exportações de petróleo em março, totalizando, em média, 733 mil barris por dia. E enquanto não são definidas as condições sobre a capitalização da estatal petrolífera, a novela em torno de uma operação similar da Eletrobras, que parecia encerrada, deve voltar à tona. Ontem, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, confirmou que o governo fará a capitalização da estatal de energia ainda este ano.

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