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Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 15h34.
Londres - Os principais índices das bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, após líderes da zona do euro concordarem em buscar laços fiscais mais próximos, como parte do esforço para lidar com a crise da dívida soberana. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,18%, para fechar em 240,51 pontos. Na semana, registrou queda de 0,09%.
Em uma reunião em Bruxelas, os líderes da zona do euro se comprometeram com um acordo intergovernamental para estabelecer regras fiscais mais duras que provavelmente serão adotadas por 26 nações da União Europeia, com o Reino Unido sendo o único membro a se recusar a assinar o acordo. O bom momento para as ações na Europa foi também ajudado por um dado sobre a confiança do consumidor nos Estados Unidos, o mais alto desde junho.
A estrategista global da Standard Life Frances Hudson disse que os investidores estão tendo uma visão construtiva sobre o encontro. "Em um mundo em branco e preto, nós certamente não estamos no branco, mas o tom de cinza está um pouco mais leve", disse ela. "Nós ainda estamos vendo grandes divisões na leitura dos mercados de bônus e dos mercados de ações" sobre as novidades da União Europeia, apontou ela. Os mercados de bônus não ficaram impressionados com as novidades, segundo Hudson.
Na Itália, um país particularmente pressionado pela crise, as ações fecharam em alta, com o índice FTSE MIB subindo 3,37%, para 15.483,91 pontos, puxado por uma alta de quase 7,1% no UniCredit e de quase 8% do Intesa Sanpaolo. Na semana, o FTSE MIB subiu 0,14%.
O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, subiu 2,5%, para 3.172,35 pontos, com grandes bancos ignorando rebaixamentos da Moody's. Na semana, o CAC 40 subiu 0,23%.
Em Paris, o Crédit Agricole subiu 4,1%, BNP Paribas saltou 4,5% e Société Générale avançou 2,4%, em um dia positivo para o setor pela Europa. A Moody's cortou os ratings da dívida de longo prazo desses bancos em um degrau cada, citando a deterioração nos financiamentos e as condições de liquidez e fundamentos macroeconômicos.
Já o Goldman Sachs elevou a recomendação dos bancos europeus de "underweight" para "neutral", dizendo que os novos acordos do Banco Central Europeu (BCE) e com outros bancos centrais deveriam "ajudar significativamente os bancos a lidar com as pressões da desaceleração econômica".
Também em Paris, as ações da Schneider Electric subiram 5,2%, após o J.P. Morgan Cazenove informar que os papéis da companhia eram uma ótima opção. As ações da companhia francesa do setor energético GDF Suez subiram quase 5%, após anunciar planos para acelerar o desenvolvimento em países emergentes, com planos para dobrar suas vendas externas de gás natural liquefeito para mercados emergentes, até 2020. A companhia petrolífera Total subiu 2,5%.
As ações dos bancos do Reino Unido também tiveram ganhos, com o Lloyds disparando 6,5%, e Barclays e Royal Bank of Scotland ganhando 5,4% e 5,1%, respectivamente. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 0,83%, para 5.529,21 pontos. Na semana, recuou 0,42%.
O Reino Unido recusou-se a aproximar seus laços fiscais a de outros membros da UE. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que as medidas não eram do maior interesse para seu país. Ele queria proteger Londres das regulações de serviços financeiros.
Entre as mineradoras, Xstrata subiu 2,2% e Antofagasta ganhou 3%. A companhia do setor energético Royal Dutch Shell subiu 1,9%.
Na Alemanha, o índice DAX 30 subiu 1,91% na Bolsa de Frankfurt, para 5.986,71 pontos, e na semana recuou 1,54%. O Deutsche Bank avançou 4,7%, Commerzbank ganhou 3,7% e a seguradora Allianz registrou alta de 3,2%.
Na Espanha, o Ibex 35 subiu 2,23% na Bolsa de Madri, chegando aos 8.649,70 pontos, e na semana subiu 1,06%. Em Lisboa, o PSI 20 fechou em alta de 1,49%, em 5.546,12 pontos, e na semana recuou 0,63%. As informações são da Dow Jones.