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Bolsas e dólar caem por petróleo antes de Carnaval

São Paulo - A sexta-feira antes do Carnaval foi de queda nas principais bolsas de valores globais, que reagiram mal à alta nos preços do petróleo em meio a renovados temores na Líbia. Em âmbito interno, destaque para o recuo do dólar à mínima em dois anos e meio ante o real.</p> As tensões decorrentes […]

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2011 às 19h12.

São Paulo - A sexta-feira antes do Carnaval foi de queda nas principais bolsas de valores globais, que reagiram mal à alta nos preços do petróleo em meio a renovados temores na Líbia. Em âmbito interno, destaque para o recuo do dólar à mínima em dois anos e meio ante o real.</p>

As tensões decorrentes da crise política no país africano voltaram a fazer preço nos mercados, depois que forças do líder Muammar Gaddafi tomaram dos manifestantes uma cidade a leste do país. Enquanto isso, opositores disseram que assumiram o controle de Ras Lanuf, cidade produtora de petróleo a oeste da nação.

Tais acontecimentos alimentaram preocupações com o abastecimento do óleo, levando a commodity a uma nova máxima em dois anos e meio. A alta se estendeu a outras matérias-primas, entre elas o ouro e a prata --esta terminando no pico em 31 anos.

No Brasil, a força do petróleo se refletiu na valorização de papéis de empresas do setor, que ajudaram a Bovespa a reduzir as perdas mais fortes verificadas ao longo do dia, sustentando alta também no acumulado da semana. Em Nova York, os principais índices fecharam a semana com discreta alta, apesar da baixa nesta sexta-feira.

A apreciação das commodities influenciou o mercado global de câmbio, derrubando o dólar ante uma cesta de divisas <.DXY>.

O movimento também foi estimulado pelo entendimento de que a liquidez continuará abundante, após dados do mercado de trabalho norte-americano indicarem alguma melhora, mas ainda lenta.

A abertura de 192 mil empregos nos Estados Unidos em fevereiro, de acordo com o Departamento de Trabalho, foi superior à previsão de 185 mil postos. A taxa de desemprego caiu a 8,9 por cento --a menor desde abril de 2009--, mas ainda está muito elevada, na visão de profissionais do mercado.[ID:nN04162294] Da agenda doméstica, investidores souberam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo --medida oficial da inflação-- subiu 0,80 por cento no mês passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[ID:nN04149564] Como veio em linha com as expectativas, o dado pouco impactou os DIs, com alguns players já ausentes antes do Carnaval.

Os mercados domésticos retomarão as operações apenas na tarde de quarta-feira, à espera do relatório Focus. Os números relativos ao fluxo cambial fechado de fevereiro saem na próxima quinta-feira.

Veja a variação dos principais mercados nesta sexta-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,645 real, em queda de 0,42 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa recuou 0,2 por cento, para 68.012 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,73 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,15 por cento, a 37.153 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,56 por cento ao ano, ante 12,55 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3985 dólar, ante 1,3963 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 134,625 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,674 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil avançava 3 pontos, para 165 pontos-básicos.

O EMBI+ tinha alta de 4 pontos, a 257 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> caiu 0,72 por cento, a 12.169 pontos; o S&P 500 <.SPX> recuou 0,74 por cento, a 1.321 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> cedeu 0,50 por cento, a 2.784 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo avançou 2,51 dólares, ou 2,46 por cento, a 104,42 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,494 por cento ante 3,555 por cento no fechamento anterior.

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