Bolsas de NY sobem apesar de receio com Europa

Por Luciana Xavier

Nova York - As Bolsas de Nova York abriram o dia em alta, apesar de a fala do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, não ter acalmado totalmente os mercados. A percepção é de uma melhora moderada da economia global, ainda que os temores em relação à zona do euro persistam. Às 13h05 (horário de Brasília), o índice Dow Jones avançava 0,62, o Nasdaq subia 0,63% e o S&P-500 registrava alta de 0,71%.

A fala de Trichet não trouxe a calma que o mercado queria e, nos EUA, o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu acima do esperado, bem na véspera da divulgação do relatório oficial de emprego (payroll) do país. Trichet tentou acalmar os mercado na manhã de hoje, mas conseguiu o oposto. Ele disse que irá manter as medidas especiais de liquidez de longo prazo em 2011 e que ajustará as provisões de liquidez conforme julgar "adequado". Ele não comentou, no entanto, o tamanho da compra de bônus.

O número de pedidos de auxílio-desemprego voltou a crescer nos EUA, após ter atingido na semana passada o menor nível em mais de dois anos. O número de trabalhadores que entrou pela primeira vez com pedido do benefício subiu 26 mil na semana passada, para 436 mil, acima da expectativa de alta de 16 mil.

Entre as principais companhias com ações em bolsa, a Pepsi anunciou que irá comprar a Wimm-Bill-Dann (WBD), por US$ 5,4 bilhões. A WBD domina o mercado russo de comida para bebê e laticínios e está em terceiro lugar no mercado de sucos. Esta será a maior compra feita pela Pepsi e um dos maiores investimentos estrangeiros feitos na Rússia fora do setor de energia.

A varejista Abercrombie & Fitch Co. anunciou um aumento de 22% nas vendas em novembro, muito acima da alta de 6,8% estimada por analistas. No setor farmacêutico, a Merck informou que irá comprar a SmartCells, uma empresa de biotecnologia que está desenvolvendo um tratamento para diabetes, por US$ 500 milhões.