Mercados

Bolsas de NY abrem em baixa após dados de emprego

Por Luciana Xavier Nova York - Os dados sobre o emprego nos Estados Unidos, divulgados na manhã de hoje, foram a maior decepção da semana e influenciam negativamente as Bolsas de Nova York. O cenário de retomada mais consistente da economia do país, que se desenhava com os números de outros indicadores, ficou turvo após […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 11h40.

Por Luciana Xavier

Nova York - Os dados sobre o emprego nos Estados Unidos, divulgados na manhã de hoje, foram a maior decepção da semana e influenciam negativamente as Bolsas de Nova York. O cenário de retomada mais consistente da economia do país, que se desenhava com os números de outros indicadores, ficou turvo após a notícia de que apenas 39 mil vagas foram criadas em novembro. Analistas esperavam a abertura de 144 mil novos pontos de trabalho. A taxa de desemprego se aproximou mais dos 10%, passando de 9,6% para 9,8% em novembro. Às 12h37 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,22%, o Nasdaq caía 0,18% e o S&P-500 registrava baixa de 0,28%.

O choque com os dados de emprego foi maior porque os números de outubro foram muito animadores, mostrando a criação de 151 mil vagas - um aumento nos postos de trabalho pela primeira vez desde maio e que foi impulsionado pelo setor privado. Além disso, a pesquisa da Automatic Data Processing (ADP), que saiu na última quarta-feira, havia revelado que o setor privado criou 93 mil em novembro, o maior salto em três anos. Este resultado foi considerado um bom antecedente para o relatório de emprego de hoje. A expectativa não se confirmou.

Para completar, os números das vendas no varejo em novembro também aumentaram a confiança do investidor sobre a economia dos EUA, ao mostrar que as vendas das redes varejistas do país cresceram 6% em novembro, na comparação com igual período do ano passado, quando tiveram alta de 0,6% nas vendas.

Entre as principais empresas cotadas em bolsa, o site de compras on-line Amazon informou ontem que irá investir US$ 175 milhões na companhia de cupons de desconto online LivingSocial. Já o eBay comprou o site Milo.com, que permite que usuários chequem se o produto que procuram está disponível em lojas locais. O Google tenta comprar o site local de cupons de descontos Groupon, por US$ 6 bilhões. Ainda sobre o Google, a companhia esta perto de fechar acordo para a compra de um dos maiores prédios comerciais em Manhattan por mais de US$ 1,8 bilhão, no maior negócio imobiliário do ano. A compra pode ser finalizada ainda em 2010.

A Walter Energy anunciou a fusão com a canadense Western Coal, que resultará em uma das maiores companhias de carvão metalúrgico no mundo. No setor farmacêutico, autoridades dos EUA estão olhando com atenção alguns negócios fechados no setor, incluindo a compra pela AstraZeneca da MedImmune, a aquisição da Schering-Plough pela Merck e a compra da Wyeth pela Pfizer. As autoridades estão atentas ao movimento de alta e forte volume de negócios nas ações dessas empresas antes dos anúncios.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Ibovespa fecha em alta de mais de 1% puxado por Vale (VALE3)

Mais na Exame