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Bolsa renova recorde com Previdência na Câmara e tem alta de 20% no ano

Em dia de votação da reforma no plenário, Ibovespa subiu cerca de 1,23% e ultrapassou os 106 mil pontos; dólar teve a maior baixa desde fevereiro

Ibovespa: bolsa renovou recorde de fechamento nesta quarta-feira (Amanda Perobelli/Reuters)
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Reuters

Publicado em 10 de julho de 2019 às 17h15.

Última atualização em 10 de julho de 2019 às 18h38.

O Ibovespa avançou para um novo recorde de fechamento nesta quarta-feira, ultrapassando os 106 mil pontos, impulsionado pelo otimismo do mercado com o início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados.

O Ibovespa subiu 1,23%, a 105.817,06 pontos. Com isso, passa a acumular alta superior a 20,4% em 2019. O volume financeiro da sessão somava 21,5 bilhões de reais.

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O mercado monitorou o processo de votação do texto principal da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, considerada pelo governo peça-chave para o reequilíbrio das contas públicas do país.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a sessão deve ir até a madrugada de quinta-feira para encerrar o primeiro turno da votação. A previsão de Maia é que o segundo turno seja encerrado até sexta-feira.

"O mercado está precificando essa aprovação", afirmou Felipe Silveira, analista de investimentos da Coinvalores, que também reiterou otimismo na expectativa que a votação em segundo turno seja realizada antes do recesso parlamento dia 18 de julho.

No exterior, o otimismo também prevalecia quando o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, abriu caminho nesta quarta-feira para o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em uma década ainda neste mês, ao prometer "agir conforme apropriado" para defender a expansão econômica ameaçada pelas disputas comerciais e desaceleração global. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,45%.

A sessão da B3 ainda foi marcada por ajuste aos movimentos das ações brasileiras listadas em Nova York, os ADRs, que foram negociados na véspera, quando não houve operações na bolsa paulista em razão de feriado no Estado de São Paulo.

Destaques

- VALE subiu 2,32%, apesar da decisão da Justiça de Minas Gerais, que condenou a mineradora a reparar todos os danos causados pelo rompimento de barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro, e manteve um bloqueio de 11 bilhões de reais da companhia.

- PETROBRAS PN valorizou-se 1,52%, na esteira da forte alta dos preços do petróleo no mercado externo.

- ULTRAPAR e BR DISTRIBUIDORA subiram 5,84% e 4,52%, respectivamente, na ponta superior do índice. A Petrobras reduziu no começo da semana o preço da gasolina na refinaria para menor nível desde fevereiro.

- IRB BRASIL ganhou 6,79%. O Brasil Plural chamou a atenção para o fato de que, após a Susep permitir que o IRB se tornasse uma empresa não controlada. Segundo o jornal Valor Econômico, o Bradesco e o Itaú estão negociando um período de carência e devem manter suas ações na resseguradora.

- VIA VAREJO fechou em queda de 0,3 por cento, mas nos primeiros dias de julho acumula valorização de mais de 30 por cento, motivada por expectativas de investidores sobre nova gestão da empresa e queda dos juros da economia.

- BRASKEM perdeu 1,02%, encerrando série de cinco pregões em alta.

- KROTON caiu 0,4%, após sequência de cinco pregões de alta, período em que acumulou ganho de 14,1%.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,27% e BRADESCO PN cedeu 0,46%.

Dólar

O dólar caiu ao menor patamar desde o fim de fevereiro, na maior queda diária em quase um mês e meio, com o real entre os destaques positivos nos mercados globais de câmbio conforme o mercado aumentou apostas na aprovação da PEC previdenciária.

O dólar à vista cedeu 1,30%, a 3,7585 reais na venda. É o menor patamar para um fechamento desde 28 de fevereiro (3,7531 reais). Na mínima da sessão, a divisa foi cotada a 3,7519 reais na venda.

A desvalorização percentual é a mais intensa desde 31 de maio (-1,37%). O real teve o segundo melhor desempenho dentre 34 pares do dólar, atrás apenas do rand sul-africano.

A queda do dólar no Brasil refletiu ainda a fraqueza da moeda no exterior, depois de o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, dar argumentos para o mercado fortalecer apostas de corte de juros nos Estados Unidos no fim deste mês.

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